População reclama do Cais Bairro Goiá

Wilton Morais 

‘Usamos o banheiro do Cais com medo de uma pessoa entrar atrás da gente”, afirma a aposentada Maria Aparecida. No Cais Bairro Goiá, na região Oeste de Goiânia, as portas dos banheiros estão totalmente danificadas. Sem fechaduras e com a madeira desgastada, a porta não oferece nenhuma segurança. Se não bastasse esse o problema, as tomadas não funcionam como deveriam, a fiação velha é responsável pelo mau funcionamento da energia. O que acaba impedindo o uso de algumas tomadas, que oferecem risco de choque. 

Segundo relato de funcionários, as fiações da unidade são de 1996. Somados ao problema, os ares condicionados da unidade também oferece graves problemas. “O ar não esfria. Em algumas salas, como na sete, o equipamento está queimado”, disse uma das funcionarias que pediu para não ser identificada. “Um faz muito barulho, outro não liga de forma alguma. Na emergência nenhum funciona”, complementa. O único lugar da unidade que ainda existe ar condicionado funcionando parcialmente é na sala de vacinas. Isso pelo fato das doses exigirem resfriamento constante. 

Com a pintura desgastada da unidade, o autônomo Eliseu Ferreira, questiona o serviço público. “Está tudo mofado, estragado. Não tem nenhuma estrutura. Na parte de baixo até um cano estourou”, afirma. Além disso, outros pacientes questionam que na unidade não há possibilidade de tomar água, pela falta de copos e bebedouros.  Em algumas salas, rachaduras de diversos tamanhos ameaçam a estrutura do prédio. No teto, devido a goteiras o forro está danificado e inchado com a quantidade de água absorvida, o que também oferece riscos aos funcionários e pacientes.

Reforma 

Em respostas aos descuidos com a unidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apenas informou que a unidade está passando por reparos emergenciais, devido a um vazamento de água. Na ocasião, um cano estourou, alagando uma das salas de atendimento emergencial. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) deve finalizar o reparo ainda esta semana na unidade, estabelecendo o atendimento nas duas salas interditadas pelo estouro. 

Fazem parte dos reparos, iniciados na quarta-feira (9), a revisão em toda tubulação, reconstrução das paredes danificadas pelo alagamento e a reforma do telhado da unidade. Ainda na quarta-feira, uma equipe composta pelas duas secretarias realizou um levantamento para verificar a necessidade de reforma e reparos emergenciais no Cais. Segundo relato de funcionários da unidade e a própria secretaria de Saúde, o atendimento foi mantido. Porém, os pacientes passam por transtornos, já que as salas anteriores foram realocadas na unidade. 

A respeito de uma reforma geral no Cais Bairro Goiá, a SMS não informou nenhuma previsão de datas e nem um valor estimado para a manutenção que se iniciou na quarta-feira.