Comurg trabalha só com 22 caminhões na coleta seletiva

De acordo com a Cormurg, 70% dos veículos estão parados por problemas mecânicos

Postado em: 15-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De acordo com a Cormurg, 70% dos veículos estão parados por problemas mecânicos

Renan Castro

Há mais de 10 dias a coleta seletiva em Goiânia não passa em diferentes setores da cidade. O lixo toma conta das ruas e a população começou a deixar os resíduos nas calçadas à espera do caminhão da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O mau-cheiro é um dos problemas enfrentados por moradores de alguns setores como Jardim Planalto, Parque das Flores, Urias Magalhães, Vila Itatiaia e Goiânia 2. A infestação de insetos preocupa principalmente por causa do surto de febre amarela que passa por todo o País.

Tudo isso por que a frota de caminhões da Comurg está sucateada e impossibilita que os veículos sejam colocados nas ruas para realizar os serviços de coletas. Segundo o presidente da Comurg, Denes Pereira Alves, em entrevista ao O Hoje, a companhia conta com 60 caminhões e 70% destes estão parados por problemas mecânicos. “Contratos referentes a pneus e peças estão com dívidas acumuladas”, afirma Denes. 

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De acordo com Denes, a dívida deixada pela gestão passada na Comurg é de R$ 57 milhões. Em vista disso, colocar os caminhões para circular ficou difícil já que a maior parte da frota é antiga “e sempre apresenta problemas”. As manutenções que são realizadas não são suficientes para impedir que os veículos apareçam com outro defeito. “Os principais problemas são com pneus e peças. Os veículos estão sucateados e mesmo que passem na manutenção surge outra coisa que impede que eles sejam utilizados na coleta”, destaca.

Além dos 60 veículos que fazem parte da frota própria, a Comurg conta com outros 14 que são locados de outras duas empresas. “Contudo, a prefeitura não consegue pagar o passivo da gestão passada com essas empresas e por isso elas retiraram seus caminhões”, explica Denes. “Estamos trabalhando com 14 veículos da Comurg e oito locados. São 22 caminhões para fazer a coleta na cidade inteira”, esclarece.

Previsão

Denes garante que a partir da próxima sexta-feira a Comurg irá trabalhar com 70% da frota e será possível normalizar a situação. “Estamos apenas com 43 dias de gestão. As providências estão sendo tomadas para atender a população. Todavia, os trâmites são demorados quando se trata de contrato em um órgão público. Ainda assim conseguimos reduzir o processo e por isso será viável que a coleta volte a acontecer em todos os setores”, assegura.

Nova frota

Com a frota sucateada, a solução é a aquisição de novos veículos para que não haja gastos com defeitos recorrentes. Segundo Denes, a prefeitura estuda a possibilidade de trocar os caminhões antigos da Comurg. “Primeiramente, um levantamento está sendo realizado para ver a necessidade desta mudança. Por enquanto, ainda é apenas um estudo”, afirma. 

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