Tiago Henrique enfrenta o segundo júri popular

O serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, enfrentou o 29º júri popular, na manhã de ontem (20), em Goiânia. Presidida pelo Juiz Jesseir Coelho de Alcântara do 1º Tribunal do Júri da Capital, o vigilante foi condenado há mais 13 anos e 4 meses de prisão pela morte de um morador de rua. A vítima Wesley Alves Guimarães de 39 anos foi morta quando dormia em uma marquise no setor Jardim América, em fevereiro de 2013.

No entendimento dos jurados a tese da defesa que considera o vigilante semi-imputável – não é inteiramente capaz de responder pelos seus atos – foi considerada e aceita. Porém o júri considerou que o réu é culpado pela morte do morador de rua. Sem comparecer ao julgamento, Tiago Henrique enviou uma carta reconhecendo os erros do passado e pedindo desculpas pelo crime. O réu também escreveu na carta que seu atual e único objetivo consiste em minimizar de alguma forma tudo o que aconteceu “fazendo o bem”. 

Para o juiz, Tiago não fala sobre os crimes, mas, sobre os erros. A carta foi anexada ao processo e copias foram encaminhadas aos jurados. Segundo Alcântara, o tom utilizado pelo serial killer na carta é poético e apenas um psicanalista pode ser capaz de entender os sentimentos de Tiago. Até o momento, as penas somadas contra Tiago chegam a 631 anos de prisão. 

Condenações 

A decisão de ontem foi dada após o serial killer receber a maior pena imposta até o momento na última quarta-feira (15). Quando foi condenado a 46 anos e 8 meses de prisão pelas mortes de Mateus Henrique Rodrigues de Moraes e Karina dos Santos Faria, de 13 e 15 anos respectivamente. Tiago Henrique é apontado como responsável por mais de 30 assassinatos e esta presa desde outubro de 2014. Com o julgamento de ontem, Tiago foi condenado em 27 julgamentos e inocentado em dois. 

Outros dois processos contra Tiago estão no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Nesses Tiago é suspeito de ter enforcado Diego Martins Mendes, em março de 2011.  O segundo é referente à tentativa de homicídio contra Euripa dos Reis Soares que descia de um ônibus nas proximidades do Córrego Cascavel, em julho de 2014. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), o serial killer é denunciado pela morte de Wanessa Oliveira Felipe, assassinada em abril de 2014 em uma farmácia. Ainda no STJ, Tiago e denunciado pela morde de Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, o crime aconteceu em um ponto de ônibus na avenida T-9, em maio de 2014.  (Wilton Morais)