Acidente no desfile da Unidos da Tijuca fere 12 pessoas

Segundo dia de desfiles (27) na Marquês de Sapucaí também foi marcado por acidentes e problemas em carros alegóricos

Postado em: 28-02-2017 às 08h20
Por: Renato
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Segundo dia de desfiles (27) na Marquês de Sapucaí também foi marcado por acidentes e problemas em carros alegóricos

No Rio de Janeiro, estrutura de carro alegórico quebrou
deixando feridos no desfile da escola de samba Unidos da Tijuca, pelo grupo
especial, no Sambódromo

O segundo dia de desfiles (27) na Marquês de Sapucaí também
foi marcado por acidentes e problemas em carros alegóricos. Na Unidos da
Tijuca, 12 pessoas se feriram com o afundamento de parte de uma alegoria, no
mesmo trecho em que ontem (26) um carro da Paraíso do Tuiuti machucou 20
pessoas ao colidir com as laterais da avenida.

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O acidente no carro tijucano levou 20 pessoas aos postos
médicos do sambódromo. Oito delas foram atendidas apenas por estresse, e, entre
as que se feriram fisicamente, nove foram transferidas para três hospitais:
Souza Aguiar, Miguel Couto, Lourenço Jorge.

A secretária executiva Viviane Pereira, 37 anos, estava no
carro, mas não se feriu e continuou na alegoria até a dispersão.
“Escutamos um barulho e sentimos um tremor muito forte, mas achei que
fosse algum efeito do carro. Depois, as pessoas começaram a gritar desesperadas
para parar o carro.”

Com o acidente, o veículo teve que ser parado para que os
bombeiros pudessem socorrer os feridos. A escola continuou o desfile enquanto
isso, orientando suas alas a contornarem as laterais do carro alegórico. A
narrativa proposta pelo enredo, entretanto, acabou desfigurada pela mudança de
ordem.

A escola prestou homenagem a Pixinguinha e Louis Armstrong,
imaginando uma aproximação dos dois gênios a partir de um encontro que
aconteceu na década de 50.

O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, prometeu
que a escola dará assistência às vítimas do acidente, caso seja necessário.
“Não foi excesso de peso, porque as pessoas ensaiam dentro do carro”,
disse Horta, destacando que não acredita que o problema tenha sido estrutural.

Outras duas escolas tiveram problemas com suas alegorias
durante esta madrugada. A União da Ilha teve dificuldade em manobrar sua
penúltima alegoria na entrada do sambódromo, o que obrigou a escola a segurar o
desfile para que o buraco formado pelo problema não crescesse. Na saída, o carro
voltou a apresentar problemas para sair da dispersão e houve correria para
empurrá-lo.

Quando a São Clemente entrou na avenida, a União da Ilha
ainda tentava retirar o carro da dispersão e só conseguiu quando a escola da
zona sul já tinha avançado cerca de metade do percurso.

A Mocidade de Padre Miguel foi outra escola que teve
dificuldade em retirar uma de suas alegorias do sambódromo. O problema foi
parecido com o da União da Ilha, mas foi mais facilmente resolvido.

O presidente da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial
(Liesa), Jorge Castanheira, disse que vai haver uma reavaliação dessas questões
a partir dos problemas que forem identificados nos desfiles. Ele afirmou que a
possibilidade de interromper o desfile diante de um acidente como o da Unidos
da Tijuca não existe no regulamento.

“Quando cheguei lá, os bombeiros já estavam atuando e
entendi que estava sob controle a situação. E a escola prosseguiu com seu
desfile”, disse Castanheira, que considerou o ano atípico. “Vamos
analisar caso a caso”.

Segundo ele, a Polícia Civil fará na manhã da próxima
quarta-feira uma reconstituição do acidente envolvendo o carro alegórico da
Paraíso do Tuiuti.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil 

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