Goiás é o quinto estado com presos provisórios

As estatísticas apontaram, ainda, que os detentos passam 300 dias, em média, dentro da prisão até que o julgamento seja realizado

Postado em: 02-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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As estatísticas apontaram, ainda, que os detentos passam 300 dias, em média, dentro da prisão até que o julgamento seja realizado

Elisama Ximenes

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concluiu levantamento, que mostra que Goiás é o quinto estado do País em percentual de presos aguardando julgamento. De acordo com os dados, 58% dos presos ainda não foram julgados. As estatísticas apontaram, ainda, que os detentos passam 300 dias, em média, dentro da prisão até que o julgamento seja realizado. Com esse dado, Goiás torna-se o oitavo entre os estados que deixam os réus mais tempo na prisão aguardando suas respectivas audiências. 

Os números foram apurados depois que 25 tribunais estaduais brasileiros enviaram os planos de trabalho ao CNJ com o detalhamento de ações para dar celeridade ao julgamento dos presos provisórios. Com isso, os tribunais firmaram o compromisso de agilizar esses julgamentos em reunião com o CNJ e a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). As estatísticas concluíram que o Brasil tem um total de 654.372 presos e, destes, 221.054 são provisórios. Outros 31.610 estão presos por homicídio doloso. Estima-se, também, que 15 a 82% dos presos, por Unidade da Federação, são provisórios.

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Os crimes de tráfico de drogas representaram 29% dos processos que envolvem réus presos; crime de roubo, 26%; homicídio, 13%; crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, 8%; furto, 7%; e receptação, 4%. No Brasil, 34% dos presos são provisórios, ou seja, 221.054 pessoas. Enquanto, em Goiás, os provisórios ficam, em média, 300 dias aguardando julgamento, a média nacional varia entre 172 dias a 974 dias. De acordo com as estimativas, o primeiro lugar em tempo de espera é o estado de Minas Gerais, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. O Sergipe lidera em quantidade de presos provisórios em relação ao total de detentos, com 82,34%. Alagoas, Ceará e Bahia antecedem Goiás no ranking.

Morte

Na Casa de Prisão Provisória (CPP), complexo prisional de Aparecida de Goiânia, um dos presos morreu na última terça-feira (28). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Danilo Henrique Gomes, de 29 anos, morreu devido a complicações causadas por um choque elétrico. Gomes sofreu o acidente na unidade prisional quando desmontava uma barraca no domingo (26). Segundo informações da SSPAP, o acidente ocorreu às 18h, depois do horário de visitas. Ele foi socorrido pelo Samu e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon. Ele, entretanto, não resistiu e morreu na. O caso foi registrado na Polícia Civil para que houvesse a liberação do corpo ao Instituto Médico Legal (IML). 

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