Prefeitura quer mapear imigrantes

O município pretende mapear imigrantes haitianos que vivem em Aparecida de Goiânia

Postado em: 03-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Prefeitura quer mapear imigrantes
O município pretende mapear imigrantes haitianos que vivem em Aparecida de Goiânia

Rhudy Crysthian

Com o objetivo de levantar dados, acompanhar e buscar parcerias com secretarias e órgãos municipais para ajudar e prestar toda a assistência aos imigrantes haitianos que vivem em Aparecida de Goiânia, o município pretende mapear os habitantes do pais caribenho que escolheram o município para viver. A Prefeitura de Aparecida e a Universidade Federal de Goiás (UFG) criaram um grupo de trabalho onde participam equipes das secretarias de Saúde, Desenvolvimento Econômico, Educação, Assistência Social e Trabalho e pesquisadores da UFG. As reuniões são organizadas e conduzidas pela Secretaria de Articulação Política.

Em janeiro, o prefeito Gustavo Mendanha recebeu a visita da Drª e professora da UFG Marta Rovery e dos alunos do mestrado em Saúde Coletiva Giovanna Rangel e Luciano de Moura Carvalho, pesquisadores que estão a frente da parceira com a prefeitura. Gustavo Mendanha foi missionário na África e sabe como é a realidade dos que vivem em regiões de vulnerabilidade, portanto, demonstrou total apoio ao estudo.

Continua após a publicidade

O secretário de Articulação Política Ricardo Teixeira colocou sua pasta a disposição do grupo de trabalho e enfatizou que a prefeitura deseja ter boas notícias da parceria. “O nosso desejo e o do prefeito Gustavo Mendanha é ver resultados positivos desta parceira entre a UFG e Aparecida. É importante o município estar atento e no controle da situação para que seja feito um trabalho preventivo e não de emergência”, pontuou o secretário, que espera que o projeto seja um espelho para outras cidades.

A próxima reunião do grupo de trabalho será realizada no dia 3 de março, às 14h, na escola superior da Prefeitura de Aparecida. O objetivo é finalizar a preparação do mutirão que o grupo vai realizar no dia 4 abril no Setor Expansul, bairro que possui uma das maiores comunidades dos estrangeiros no município.

A ação social irá oferecer auxílio gratuito aos haitianos com atendimento móvel de saúde, medição de pressão, atividades artísticas, cursos, palestras sobre empregos, assistência social e apoio jurídico para atender os imigrantes. Com a experiência adquirida a frente deste estudo, o grupo prevê um reflexo positivo na recepção de futuros imigrantes à cidade.

Dificuldade

Segundo o levantamento inicial, a maior dificuldade encontrada pelos profissionais que atendem os imigrantes é entender a língua, que pode variar entre o francês e o créole. E as principais demandas dos haitianos é falta vagas em escolas e Cmeis, e a ausência de uma casa de acolhimento para receber os imigrantes que procuram a região do Setor Expansul para se estabilizarem no município, informou os representantes dos imigrantes.

Em janeiro de 2017, o grupo iniciou o processo de reconhecimento das áreas habitadas pelos haitianos e concluiu que os setores onde concentram o maior número de imigrantes são o Setor Expansul com cerca de 350 haitianos e o Setor Central com cerca 210. A equipe também realizou visitas técnicas em escolas e em uma unidade básica de saúde no Expansul. Em Goiânia, foram localizados grupos no Jardim Guanabara, Setor Leste Universitário e em bairros próximos a GO-040. 

Veja Também