Bloqueados bens de ex-diretor e ex-superintendente por construção em presídio

Os dois ex-servidores respondem a um processo pela construção, sem autorização, de 112 barracões na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia

Postado em: 03-03-2017 às 10h40
Por: Renato
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Os dois ex-servidores respondem a um processo pela construção, sem autorização, de 112 barracões na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia

O ex-diretor da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), Marcos
Vinícius Alves, e o ex-superintendente de segurança prisional da Administração
Penitenciária, João Carvalho Coutinho Júnior, acionados pelo MP, estão com seus
bens indisponíveis até o valor de R$ 17.903,36. Essa foi a determinação do juiz
Desclieux da Silva Júnior ao acatar parcialmente o pedido cautelar do promotor
de Justiça Fernando Krebs, autor da ação por ato de improbidade administrativa
e dano moral coletivo movida contra os dois ex-gestores.

Marcos responde ao processo por ter tido a iniciativa de
construir, sem autorização, 112 barracões no pátio da Ala C da unidade,
enquanto João Júnior por ter sido omisso diante da obra irregular que colocava
em risco a segurança do presídio. A obra foi financiada pelo detento Thiago
César de Sousa, conhecido como Thiago Topete, para acomodar visitas íntimas.
Topete foi morto em rebelião na semana passada na Penitenciária Odenir
Guimarães.

Em investigação aberta pelo promotor sobre obra, a
Coordenação de Engenharia e Arquitetura da Superintendência Executiva de
Administração Penitenciária confirmou as irregularidades na sua execução, pois
não teria sido apresentada nenhuma documentação para sua realização, nem
justificada a procedência dos recursos empregados. Vistoria realizada no local
também constatou que a estrutura não suportava a edificação, com instalações
hidrossanitárias e elétrica improvisadas e ambiente insalubre. O fato também
consta da investigação da Operação Livramento. (Cristiani
Honório / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

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Foto: Reprodução 

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