Em fevereiro, 600 objetos foram perdidos no transporte público de Goiânia

Os mais esquecidos são documentos, livros e guarda-chuvas. Entre os inusitados estão forno elétrico, colher de pedreiro, boina de policial, cadeira de rodas e até uma dentadura

Postado em: 06-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Os mais esquecidos são documentos, livros e guarda-chuvas. Entre os inusitados estão forno elétrico, colher de pedreiro, boina de policial, cadeira de rodas e até uma dentadura

Wilton Morais 

Provavelmente já deve ter perdido alguma coisa. Pode ter sido uma caneta, um documento ou outro objeto qualquer. Em Goiânia, as pessoas perdem outros objetos também. Talvez não seja uma característica especifica do goianiense, mas até cadeiras de rodas já foram encontradas nos ônibus da cidade. Alguma pessoa perdeu até uma dentadura que foi encontrada por funcionários do transporte. Segundo a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), apenas em fevereiro deste ano, os funcionários da companhia e algumas pessoas de boa índole deixaram na central de achados e perdidos, localizada no Terminal Bandeiras, 600 objetos diferentes que foram encontrados em terminais e ônibus da Capital. 

A central é a única da cidade e abrange todas as regiões e os terminais mais distantes, atendendo toda a grande Goiânia. O achado e perdido é recente, foi criado em fase de teste em abril de 2014 e logo em seguida se tornou oficial em julho do mesmo ano. Conforme a RMTC, a maioria dos itens perdidos pela população são documentos como carteira de identidade e o próprio cartão fácil ou escolar. Livros, sombrinhas são objetos recorrentes. De acordo com a rede, bolsas também são encontradas, em alguns casos de pessoas que foram assaltadas e alguém achou o pertence. 

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Percas 

Há alguns anos, a vendedora Adriana Carvalho, usuária do transporte público perdeu uma pasta com mais de 30 CDs que ela usava para cantar. “Havia um valor muito especial para mim, uma pena que não consegui recuperar”, conta a vendedora. A pasta possuía 30 CDs que custavam em média R$ 22 cada. Sirlene Miranda é técnica de enfermagem e já perdeu varias coisas durante as idas e vindas para estudar ou trabalhar. Já foram chaves perdidas, documentos e por último um guarda-chuva. “Nem quis procurar à central, achei que não compensava, a sobrinha possui pouco valor e eu já tinha descido do ônibus”, relata a mulher.

Os objetos ficam na central do Terminal Bandeiras apenas por 60 dias, não procurados pelo dono os mesmos são destinados a doação ou são descartados, dependendo da condição do utensílio. Para a RMTC, o achado e perdido é fundamental. Há pessoas que perdem exames de saúde ou outros documentos de importância que possuem valores elevados. 

Procura

Segundo a RMTC, os usuários do transporte costumam voltar para procurar o perdido. Para encontrar o seu objeto, basta ir até a central. Caso seja um documento, para saber se ele foi encontrado pode ser mais fácil ligar ou acessar o site ou no telefone: 0800 648 2222. No site, é preciso informar dados como o nome da pessoa no documento. Caso o mesmo não seja procurado pelo dono, após os 60 dias o mesmo é destinado aos Correios.

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