Bancas de camelôs tomam conta do Centro de Goiânia

Comércio irregular prejudica empresários da região. Avenida anhanguera está tomada pelos informais

Postado em: 10-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Comércio irregular prejudica empresários da região. Avenida anhanguera está tomada pelos informais

Renan Castro

Circular pela Avenida Anhanguera, no centro de Goiânia, é difícil até mesmo na calçada. Bancas de camelôs tomam conta do espaço e pedestres, muitas vezes precisam entrar na via para poder conseguir andar. “Cinturão apenas dez reais”, grita um camelô em frente a uma loja de roupas. Quem visita para comprar fica em dúvida se escolhe o produto dos lojistas ou dos camelôs – que vendem mais barato. A gritaria é intensa e se mistura com as vozes dos locutores das lojas que tentam, ao microfone, serem mais insistentes que os camelôs.

Bolsas, óculos, relógios, produtos eletrônicos, ferramentas, roupas, celulares, CDs, DVDs.  Uma infinidade de produtos. E tudo isso preocupa os comerciantes que trabalham regularmente na capital. Keilo José é gerente de uma loja de roupas na Avenida Anhanguera e não concorda com o acúmulo de camelôs em frente ao comércio. Segundo ele, isso prejudica as vendas dos comerciantes por que os camelôs fazem qualquer negócio.

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“Eu sei que eles também estão trabalhando. Mas eles ficam na porta da loja e acaba que é difícil concorrer”, reclama. 

O gerente afirma que já conversou com alguns camelôs que ficam na porta da loja onde ele trabalha, mas todos se recusaram a sair do local. “Teve um que disse que era pra eu fazer esse sair de lá. Então, eu disse que iria chamar a fiscalização. Aí ele falou que eu podia chamar por que não iria adiantar nada”, explica Keilo.

E não adiantou mesmo. Keilo chamou a fiscalização da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh). Inútil. Ele conta que desde janeiro entra em contato com o órgão, mas não obteve respostas animadoras. “Algumas vezes eles me falaram que não haviam nomeado o gerente e o supervisor de fiscalização”, conta.

A reportagem de O Hoje permaneceu por mais de meia hora na Avenida e não encontrou nenhum fiscal. Keilo revela que até quando chamou uns fiscais para abordarem os camelôs, eles falaram que não podiam fazer nada por que não estavam acompanhados de guardas municipais. “Enquanto isso, as portas das lojas viram essa bagunça todos os dias”, destaca Keilo. 

Procurada pela reportagem de O Hoje para falar sobre o comércio irregular de camelôs e ambulantes, a Seplanh não respondeu até o fechamento desta edição. 

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