Traçado deve manter projeto original do BRT

A ideia do atual prefeito é que o trajeto seja do Terminal Cruzeiro até o Terminal Izidória e depois da Rodoviária até o Recanto do Bosque

Postado em: 11-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A ideia do atual prefeito é que o trajeto seja do Terminal Cruzeiro até o Terminal Izidória e depois da Rodoviária até o Recanto do Bosque

Rhudy Crysthian

Manter o projeto original e terminar o mais breve possível as obras do BRT (Bus Rapid Transport) no eixo Norte-Sul. Esta foi a conclusão a que chegaram parlamentares e técnicos presentes à audiência pública realizada na manhã de sexta-feira (10) na Câmara Municipal de Goiânia.

Alysson Lima, autor do pedido da Comissão Especial Temporária que vai fiscalizar a paralisação da obra pelo poder Legislativo, esclareceu que se trata da maior obra de mobilidade de Goiânia e a mais cara já executada no município, avaliada em cerca de R$ 340 milhões. “A previsão de término era em março de 2017, mas até o momento nem 30% foi executado, afirmou adicionando que vê com temor qualquer alteração na obra, “que na verdade vai criar dois eixos e não será interligada”.

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A ideia do atual prefeito é que o trajeto seja do Terminal Cruzeiro até o Terminal Izidória e depois da Rodoviária até o Recanto do Bosque. “Ela começou na região norte e parou na Praça do Trabalhador”. O representante do Governo Estadual, Carlos Maranhão, defendeu a continuidade das obras e que se forem necessárias adequações preservando o centro histórico que sejam feitas, pois qualquer mudança no projeto terá que ter a aprovação federal, atrasando ainda mais a obra.

A falta de contrapartida do Município é uma das causas apontadas pelo engenheiro da Unidade de Coordenação do BRT Norte-Sul, Benjamin Kennedy Machado da Costa, para a paralisação do projeto. “Em 2015 houve um contingenciamento de recursos pelo Governo Federal e também pelo Município”, informou adicionando que outro entrave é o de que algumas solicitações feitas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionaI (Iphan) precisam ser atendidas para a realização do corredor na avenida Goiás.

Benjamim apresentou o projeto mostrando que o canteiro da avenida Goiás, tombado como patrimônio histórico, não será alterado e que as canaletas de circulação dos veículos BRTs serão feitas no trajeto já existente. Também explicou que continuará havendo as vias laterais nos dois sentidos, o que não trará prejuízos ao comércio local. Os comerciantes foram representados por diversas entidades que acompanharam as discussões: Sindiloja; Fecomércio e CDL.

“Como um representante de um órgão técnico o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) de Goiás não aceitará qualquer alteração no projeto original”, defendeu com veemência o presidente da entidade, Francisco de Almeida. Ele acrescentou que a obra “precisa ter continuidade e não pode parar no meio como ocorreu com o Paço Municipal, por exemplo, que até hoje não foi finalizado”. Almeida informou que o CREA tomará as devidas providências junto aos órgãos fiscalizadores e judiciário para que não seja alterada no seu projeto original.

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