PF deflagra operação para combater tráfico e exploração sexual de mulheres

Polícia acredita que esquema tenha feito mais de 200 vítimas; mandados foram cumpridos em 7 estados

Postado em: 27-04-2021 às 13h48
Por: Luan Monteiro
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Polícia acredita que esquema tenha feito mais de 200 vítimas; mandados foram cumpridos em 7 estados | Foto: Divulgação/Polícia Federal

Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (27/4) a Operação Harem BR, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Segundo informado pela PF, estima-se que cerca de 200 pessoas tenham sido vítimas do grupo.

Ao todo, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva. Destes, 5 mandados foram incluídos na Difusão Vermelha da INTERPOL, mais precisamente no Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália, diante da suspeita de que alguns investigados estejam fora do País.

Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba (SP), foram cumpridos em São Paulo (SP), Goiânia (GO), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS), Lauro de Freitas (BA) e Rondonópolis (MT).

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Foram cumpridos mandados São Paulo (SP), Goiânia (GO), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS), Lauro de Freitas (BA) e Rondonópolis (MT)

As investigações foram iniciadas em 2019, em inquérito policial instaurado com base em desdobramento da denominada Operação NASCOSTOS, que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, mediante a clonagem de cartões de crédito.

Durante a Operação NASCOSTOS, foi identificado que algumas das compras feitas pelos estelionatários com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha, no Catar. Uma vez identificadas, essas vítimas de exploração sexual relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, e  que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição.

Com o avanço das investigações, identificou-se uma rede de agenciadores e aliciadores que atuava na exploração sexual, tanto em território nacional, quanto no exterior. Até o momento, a investigação apurou que os países para os quais houve viagens para fins de exploração sexual foram Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália. Há indícios, ainda, de que em algumas viagens ao Paraguai foram aliciadas pessoas menores de 18 anos.  

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