Manifestantes protestam contra a reforma da Previdência

Em outras capitais a onda de protestos contou com a participação de trabalhadores do transporte público, mas em Goiânia o sistema não foi prejudicado

Postado em: 16-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Manifestantes protestam contra a reforma da Previdência
Em outras capitais a onda de protestos contou com a participação de trabalhadores do transporte público, mas em Goiânia o sistema não foi prejudicado

RHUDY CRYSTHIAN 

Entidades sindicais realizaram protestos na manhã desta ontem (15), em Goiânia, contra a PEC 287, que propõe a reforma da Previdência. Grupos ligados à Central Única de Trabalhadores (CUT) e ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego) se reuniram na frente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

O grupo seguiu ainda em marcha para a Praça Cívica, onde continuaram o ato onde se encontraram com servidores da Celg e Saneag e seguiram para o centro da cidade, na Praça do Bandeirante. Muitos manifestantes usaram bengalas e máscaras de idoso. É um ato em conjunto com município e estado, contra a reforma da previdência. A categoria também cobra que seja pago o piso do administrativo.

Continua após a publicidade

Em outras capitais a onda de protestos contou com a participação de trabalhadores do transporte público, mas em Goiânia, mas segundo informações da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), o sistema não foi prejudicado e nenhuma linha de ônibus deixou de rodar ontem.

Os bancários também iriam aderir ao movimento, mas o Sindicato da categoria em Goiás,  afirmou que realizou convocatória para o dia nacional de mobilização, mas não sabe precisar se a categoria aderiu à paralisação. A organização estimou que participam cerca de 3 mil pessoas. Já a Polícia Militar disse que são cerca de 2 mil.

Reforma

O governo de Michel Temer (PMDB) detalhou, no fim do ano passado, pontos da reforma que quer promover na Previdência Social. O texto em apreciação no Congresso Nacional prevê, entre outras coisas, o estabelecimento de 65 anos como idade mínima para os contribuintes reivindicarem a aposentadoria.

Além de fixar uma idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres, as novas regras, se aprovadas, irão atingir trabalhadores dos setores público e privado. De acordo com o governo, a única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares. Pelas regras propostas pela gestão Temer, o trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos.

O governo federal estima que deixará de gastar cerca de R$ 740 bilhões em 10 anos, entre 2018 e 2027, com as mudanças propostas por meio da reforma da Previdência Social. Desse valor total, as mudanças no INSS e nos benefícios por prestação continuada (BPC) representariam uma economia de R$ 678 bilhões e, nos regimes próprios, de cerca de R$ 60 bilhões.  

Veja Também