Polícia Civil intensifica o combate ao tráfico

Caio Marx

A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) pretende intensificar as ações voltadas às principais organizações criminosas dedicadas ao tráfico de drogas em Goiás. Com a posse dos novos policiais civis do concurso em trâmite, a Delegacia terá um incremento significativo nos recursos humanos, trazendo um diferencial nas investigações. 

Em entrevista a reportagem do O Hoje, o delegado titular da Denarc, Vinícius Teles, disse que a delegacia irá intensificar a repressão ao tráfico no varejo e no interior, com a melhoria das equipes de investigação, dando suporte aos Grupos Especiais de Repressão a Narcóticos espalhados pelas 17 Delegacias Regionais do Estado. Também serão ampliadas as relações com as forças policiais de outros Estados para um esforço coletivo na repressão de crimes organizados de repercussão interestadual.

Segundo o titular, com a entrada de novos policiais, a Polícia Civil busca não apenas a apreensão de drogas, mas a total desestruturação das organizações. “Isso só será possível com a desarticulação dos alicerces financeiros e a completa destituição das organizações criminosas, o que permitirá a restituição de valores ilegalmente auferidos”, ressalta Teles.

O Estado de Goiás ainda está na rota do tráfico nacional, devido ao estado estar nas principais rotas da malha viária entre os principais países produtores, além das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. Segundo o delegado, para uma que o cenário mude, é necessário um maior empenho do governo federal no combate a entrada da droga pelas fronteiras brasileiras. 

No ano passado, um dos maiores focos da Denarc, foram as investigações das organizações criminosas, gerando apreensões e prisões de toda a cadeia do tráfico. Neste contexto, o delegado ressalta que a Polícia Civil teve reforçado os seus recursos tecnológicos com a recente inauguração do Laboratório de Lavagem de Capitais.

Em 2016, a Denarc apreendeu 10.252,297 kg de drogas, contra 7.450,45, em 2015, este aumento do número de apreensão se deve à crescente e constante apuração da expertise dos policiais, podendo-se citar os diversos cursos ministrados pela Escola Superior da Polícia Civil. Segundo Teles, a estruturação da Gerência de Planejamento Operacional conferiu suporte logístico para esse resultado, pois segundo ele, a gerência passou a exigir a deflagração de operações e concedeu todo suporte.

Apreensão

De acordo o titular, as apreensões e prisões de relevo acontecem após profunda investigação que converge em operações. As atuações, normalmente são feitas em parcerias com as forças policiais do estado, das unidades da federação e Polícia Federal. Em 2016, o laboratório químico do Instituto de Criminalística recebeu novos peritos, o que permitiu a realização de perícias externas, em especial quando do encontro de laboratórios de refino de cocaína, tornando os trabalhos periciais mais fidedignos.

Além disso, são constantes as operações integradas com a Superintendência de Administração Penitenciária, que apoiam nos casos de investigados presos no sistema penitenciário, tanto em repasse de informações quanto em buscas em celas e recambiamentos de presos.