Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Operação contra frigoríficos gera crise

Presidente teve ontem à tarde uma série de reuniões para discutir reflexos da Carne Fraca na economia

Postado em: 20-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente teve ontem à tarde uma série de reuniões para discutir reflexos da Carne Fraca na economia

O presidente Michel Temer teve uma série de reuniões neste domingo (19) com ministros e  embaixadores dos principais países importadores de carne brasileira para discutir medidas que amenizem os eventuais impactos negativos da Operação Carne Fraca na economia do país.

De acordo com a agenda  divulgada pela Presidência da República, a primeira reunião de Temer foi com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Em seguida, o presidente e Maggi se reuniram com o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e com representantes de empresas e entidades frigoríficas. Temer se encontrou ainda com embaixadores dos principais países importadores de carne brasileira visando esclarecer eventuais dúvidas e dar garantias da qualidade do produto. Todas as reuniões ocorreram no Palácio do Planalto.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu no sábado (18) o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é “forte, robusta e séria”.

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Repercussão

As reuniões acontecem após a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira (17), ter desarticulado uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários que emitiam certificados sanitários sem fiscalização, em troca de propina. Cerca de 30 empresas fornecedoras de grandes frigoríficos estão sendo investigadas. Além disso, 33 fiscais federais também estão sob investigação.

Segundo a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso “maquiavam” carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação. 

Banco Central bloqueia R$ 2 milhões de investigados  

O Banco Central bloqueou cerca de R$ 2 milhões de contas de 46 investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada ontem pela Polícia Federal. A Justiça Federal determinou que o Banco Central fizesse o bloqueio de até R$ 1 bilhão de cada uma das contas.

As contas bloqueadas tinham valores diversos, que iam de centavos a até mais de R$ 500 mil. O valor de bloqueio de R$ 1 bilhão era o teto estipulado pela Justiça, não significando a identificação desse valor durante as investigações. 

A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, desarticulou uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários que emitiam certificados sanitários sem fiscalização em troca de propina. Ao todo, cerca de 30 empresas fornecedoras de grandes frigoríficos estão sendo investigadas. Além disso, 33 fiscais federais também estão sob investigação.

Ainda segundo a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso “maquiavam” carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.

Governo

Mais cedo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é “forte, robusta e séria”. Segundo ele, o ministério está tomando todas as providências sobre as denúncias levantadas pela operação, mas não há motivos para a população ter receio de consumir carne.

“O que aconteceu foi desvio de alguns servidores, de algumas empresas, nós temos que discutir como foi que isso aconteceu. Mas eu posso garantir com toda tranquilidade: eu não deixarei de consumir e recomendo que você também não deixe porque não há risco nenhum”, afirmou. (Agência Brasil)  

 

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