Gestão dos fotossensores poderá retornar á Goiânia

Além dos fotossensores, a parceria com o IFG poderia permitir também um controle inteligente dos semáforos por um valor menor

Postado em: 21-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Além dos fotossensores, a parceria com o IFG poderia permitir também um controle inteligente dos semáforos por um valor menor

Caio Marx

O Instituto Federal de Goiás (IFG) analisa assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento da tecnologia para fotossensores na capital. Foi discutido em reunião entre o promotor de Justiça Fernando Krebs, o vereador Elias Vaz (PSB), o reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Jerônimo Rodrigues da Silva e o secretário Municipal de Trânsito, Felisberto Tavares, a possibilidade da realização de um termo de cooperação entre o instituto e o Município de Goiânia.

Com o desligamento em junho do ano passado de 149 radares responsáveis pelo registro de infrações, além dos problemas na realização de novos contratos, a proposta retoma as discussões sobre um projeto que o IFG apresentou em 2009 ao poder público. Segundo o reitor Jerônimo Rodrigues, a parceria para a retomada do projeto é viável, pois a instituição possui um corpo docente altamente qualificado, além de a instituição possuir o papel de contribuir para o desenvolvimento social. 

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O vereador Elias Vaz destacou que o acordo irá gerar economia para a capital, pois a Prefeitura gasta atualmente valores altíssimos com a manutenção dos contratos de aluguel dos equipamentos. Ainda segundo o vereador, com essa economia, o dinheiro poderá ser revertido para outras áreas importantes, que não estão recebendo investimentos.

De acordo com o promotor Fernando Krebs, a questão dos fotossensores é uma prioridade neste momento, e o Ministério Público poderá fazer parte do termo de cooperação para acompanhar em especial à aplicação dos recursos, além de colaborar para o aprimoramento dos resultados. O promotor ainda sugeriu que parte do financiamento para o projeto possa vir dos recursos das multas de trânsito.

Semáforos

Além dos fotossensores, a parceria com o IFG poderia permitir também um controle inteligente dos semáforos por um valor menor do que o pago atualmente pela prefeitura, já que Goiânia tem enfrentado problemas com o sistema de sincronização de semáforos devido a uma dívida do Município com a empresa Dataprom de cerca de R$ 1,5 milhão. 

No mês passado, o serviço foi suspenso por falta de pagamento da dívida e isso causou transtornos em toda capital. Segundo o secretário Felisberto Tavares, a parceria será proveitosa para todos e que a atuação do IFG poderá contribuir no desenvolvimento de um sistema inteligente de semaforização para a capital e de blocos eletrônicos para autuação.

O vereador Elias Vaz vem monitorando problemas nos contratos de fotossensores desde que a EIT prestava serviço ao município. A empresa foi substituída pela Trana, que pertence à mesma família, no ano de 2010. O Ministério Público pediu a nulidade dos últimos dois termos aditivos e a devolução aos cofres públicos, por parte de ex-secretários e da empresa, de quase R$5 milhões referentes ao pagamento irregular. A Trana chegou a vencer licitação feita pela prefeitura no ano passado, mas o processo foi anulado depois das denúncias. 

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