Mãe e filho acusados de assassinar dona de pamonharia são julgados hoje

De acordo com as investigações da polícia, a dupla atirou contra a vítima e em seguida ateou fogo em seu corpo, acreditando que estava morta

Postado em: 22-03-2017 às 10h00
Por: Redação
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De acordo com as investigações da polícia, a dupla atirou contra a vítima e em seguida ateou fogo em seu corpo, acreditando que estava morta

Começou na manhã de hoje (22), no salão do 2° Tribunal do
Júri de Goiânia, o julgamento de Sueide Gonçalves da Silva e o filho Willian
Divino da Silva Moraes por homicídio triplamente qualificado contra Marizete de
Fátima Machado, ocorrido em 29 de março de 2015. A acusação está sendo
sustentada pelos promotores de Justiça Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, autor
da denúncia, e pela promotora Renata de Oliveira Marinho e Sousa. Preside a
sessão o juiz Antônio Fernandes de Oliveira.

Segundo a denúncia, os réus capturaram a vítima e a levaram
para a zona rural, próximo à Vila Nossa Senhora Perpétuo Socorro, em Abadia de
Goiás, onde, após atirarem várias vezes, colocaram fogo no corpo de Marizete,
que chegou a ser socorrida, mas morreu dois dias depois, em consequência das
lesões.

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Crime

Marizete, que era cozinheira em uma pamonharia no Jardim
América, saiu do trabalho em direção à sua casa, quando foi abordada de carro
pela dupla. Sueide desceu do carro e, com um revólver, a obrigou a entrar no
veículo, quando, então, Willian partiu em direção a Abadia de Goiás. Durante o
trajeto, Sueide afirmou que iria matá-la, bem como o seu filho e o seu patrão.

Chegando na zona rural de Abadia de Goiás, Marizete foi
obrigada a descer do carro, sendo agredida por Willian com xingamentos, socos e
pontapés. Ele atirou, acertando-a por seis vezes, em diferentes locais do
corpo: na parte de trás da cabeça, no tórax e antebraço. Os réus também
embrulharam a vítima em papel alumínio e, posteriormente, Sueide jogou álcool
sobre o corpo e ateou fogo. Acreditando que Marizete estivesse morta, fugiram
do local.

A vítima, entretanto, conseguiu apagar as chamas rolando
sobre o capim molhado e andou até uma estrada, quando foi socorrida por
moradores. Apesar de ter sido encaminhada para o Hugo, ela morreu dois dias
depois. Sueide foi presa em flagrante horas depois do crime e Willian no dia 2
de abril.

Sueide e Willian foram denunciados por homicídio triplamente
qualificado, por ter sido praticado por motivo fútil, por submeterem a vítima a
intenso sofrimento físico e psicológico, dificultando a sua defesa. O MP sustenta
a presença da qualificadora do motivo fútil, pela desproporção entre a
motivação e o resultado produzido, uma vez que a vítima era ótima cozinheira e
trabalhava em uma pamonharia concorrente ao estabelecimento dos denunciados.

Conforme laudo cadavérico, Marizete morreu em virtude de
descompensação metabólica pelas queimaduras de 2° e 3° graus em cerca de 50% da
superfície corporal e lesões provocadas pelos tiros. (Cristiani Honório /
Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

Foto: reprodução (TV Anhanguera)

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