Ação quer suspensão imediata do concurso

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira está requerendo na Justiça que, em caráter de urgência, o Estado de Goiás suspenda

Postado em: 23-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira está requerendo na Justiça que, em caráter de urgência, o Estado de Goiás suspenda o concurso público para provimento de vagas nos cargos de soldado 3ª classe e cadete, ambos da Polícia Militar. Para a promotora, a medida é essencial, tendo em vista que o teste de aptidão física (TAF) está previsto para ser realizado de 5 a 9 de abril. “Não há dúvidas de que a suspensão do certame requer urgência, para que não haja mais prejuízos aos candidatos, à administração pública e à sociedade enquanto a presente ação segue seu curso”.

A ação foi proposta hoje (21/3) contra o Estado de Goiás e a Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência à Escola de Medicina e Cirurgia e ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (Funrio), responsável contratada em dispensa de licitação para a realização do certame.

Conforme sustentado, as provas objetivas e discursivas do concurso foram aplicadas no dia 15 de janeiro deste ano em Goiânia e em 16 cidades no interior do Estado. Ocorre que, durante a aplicação da prova, na sua correção e a divulgação dos resultados, houve diversas irregularidades e erros que comprometem a segurança do concurso, colocando em dúvida a lisura e credibilidade da seleção e indicando despreparo por parte da banca.

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Os cadernos de questões de alguns candidatos ao cargo de soldado, por exemplo, continham a inscrição na capa como “prova tipo A”, contudo, nas demais folhas estava assinalado “prova tipo B”, o que gerou, no momento, violação ao princípio da isonomia, por gerar insegurança e estresse nos candidatos que receberam o caderno de questões com este erro, já que não sabiam qual tipo de prova assinalar no cartão-resposta. Posteriormente, tal erro causou dano na correção das provas destes candidatos, que tiveram suas provas corrigidas com o parâmetro de gabarito errado. Assim, foi divulgada uma lista de candidatos aprovados baseada em notas erroneamente atribuídas. A banca buscou sanar a situação recorrigindo as provas de todos os candidatos ao cargo de soldado, no entanto, não foi possível preservar a incolumidade do certame e a credibilidade da Funrio.

Em relação à prova para provimento do cargo de cadete, os candidatos relataram que a Funrio divulgou três listas de aprovados na prova objetiva, sendo que a primeira foi retirada do site da banca em pouco tempo. A segunda lista continha nomes, posições e notas diferentes da primeira lista. Após, foi publicada uma terceira lista preliminar de candidatos aprovados na prova objetiva, com ponto de corte diferente. (Rhudy Crysthian) 

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