Saúde monitora qualidade da água para consumo humano

Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água

Postado em: 23-03-2017 às 08h30
Por: Sheyla Sousa
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Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água


Caio Marx 

Na semana em que o tema água é debatido, as diretrizes sanitárias da Organização Mundial de Saúde estabelecem que a falta de acesso à água potável eleva o risco de doenças diarreicas e de outros males relacionados com contaminantes químicos e biológicos. Segundo dados da OMS, quase 90% das doenças diarréicas podem ser atribuídas à ausência de água de boa qualidade. 

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Para que todos os municípios goianos contem com água própria para o consumo humano, a Secretaria do Estado da Saúde (SES-GO) está desenvolvendo o Projeto Água Potável um Direito de Todos. Tânia Vaz, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, explica que o objetivo é o de alertar a população e os gestores municipais sobre importância da implantação do sistema de tratamento de água, por meio da Comunicação de Risco à saúde da população. 

Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água, totalizando uma população de 24.817 habitantes, o que corresponde a 0,4% da população do Estado. Nos municípios de Cachoeira de Goiás, Colinas do Sul, Guarinos, Mossâmedes, Nova Roma e Paranaiguara, a população fica assim exposta a doenças de veiculação hídrica ao utilizarem poços e mananciais, sem estudo prévio da qualidade da água e tratamento adequado.

Segundo Tânia, esses seis municípios são a prioridade do projeto. “O objetivo é o de sensibilizar os gestores municipais para viabilizar a instalação de sistema de tratamento e abastecimento de água nestes municípios, nos próximos dois anos, para o fornecimento de água potável à população”, informa Tânia. Como resultado, espera-se a redução  na ocorrência de doenças de veiculação hídrica, como medida de proteção à saúde.

Implantação

Projeto Água Potável um Direito de Todos está em implantação desde outubro de 2016 e encontra-se na fase de discussão nos municípios prioritários. Em fevereiro, foram apresentados aos prefeitos das 6 cidades e também de outras 15, num total de 21 cidades, os resultados de análises realizadas nos últimos anos, em cujas amostras  de água foram registradas a presença da bactéria patogênica  Escherichia  coli, exceto o município de São Simão que não apresentou amostras insatisfatórias em um histórico recente. 

Na ocasião, a Secretaria da Saúde falou da importância da realização de análises periódicas para monitorar a qualidade da água oferecida à população. “O próximo passo é realizar ações de conscientização junto à população e gestores municipais destas localidades”, diz a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador.

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