Defensoria Pública pede a inclusão dos moradores em situação de rua no Renda Família

Segundo a DPE, a falta de residência e número de inscrição do imóvel impedem a concessão do benefício.

Postado em: 13-05-2021 às 17h12
Por: Redação
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Segundo a DPE, a falta de residência e número de inscrição do imóvel impedem a concessão do benefício | Foto: Wesley Costa

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), protocolou, nesta quinta-feira (13/05), uma ação civil pública (ACP) para que a Prefeitura Goiânia promova a inclusão da população em situação de rua da capital no Programa Renda Família. A solicitação busca que o benefício seja concedido às pessoas que residem nas Casas de Acolhida Cidadãs (CAC I e II) e que são assistidas pela prefeitura pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) e pelo Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua (SEAS).

Na ação, a defensoria aponta a existência de “critérios excludentes e questionáveis dentre aqueles definidos para a concessão do auxílio, como a exigência de o beneficiário possuir residência e ter de indicar o número de inscrição do imóvel no momento do cadastro no programa”.

Para a DPE, ao desconsiderar a realidade das pessoas que não têm moradia, o motivo apresentada pela prefeitura na elaboração do projeto se torna incoerente, pois a justificativa de “garantir o mínimo existencial aos mais necessitados neste momento de pandemia”.

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“Ou seja, quem necessita do auxílio ainda mais, as pessoas que estão em situação de extrema vulnerabilidade, acabam não podendo usufruir do benefício para sua alimentação”, diz a Defensoria Pública. Caso não seja possível a inclusão no Renda Família, o DPE pede a criação de um novo auxílio financeiro temporário voltado exclusivamente para os moradores em situação de rua da capital enquanto perdurar a pandemia de Covid-19.

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