Ociosa, maternidade retoma parte do atendimento

Fechada desde dezembro do ano passado, unidade na Maternidade Dona Iris oferecerá maior agilidade no atendimento as mães e recém-nascidos

Postado em: 24-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Fechada desde dezembro do ano passado, unidade na Maternidade Dona Iris oferecerá maior agilidade no atendimento as mães e recém-nascidos

Wilton Morais

O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) reabriu, ontem (23), o espaço Jasmim – destinado ao repouso de mães e bebês. Com a reabertura, após decisão do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público de Goiás (MP-GO), juntamente com a direção geral do HMDI, 12 leitos estarão à disposição da população. Outros 12 serão reabertos já na próxima semana, após a conclusão de uma reforma, em parte do espaço. Os leitos foram fechados em dezembro do ano passado, com o objetivo de conter gastos. À época, a maternidade gerida pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc) questionava a falta de repasse financeiro por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).

De acordo com o diretor técnico do HMDI, José Renato, a reabertura do espaço Jasmim oferecerá certo apoio ao Hospital Materno Infantil (HMI) que está com o atendimento comprometido por conta da morte de dois bebês. O incidente ocorreu por conta da superlotação no HMI. Atualmente, a Maternidade Dona Iris realiza de 280 a 300 partos mensais. Com a reabertura, as mães e a direção do Hospital comemora. “Fechar esses leitos foi como fechar a Maternidade Nascer Cidadão”, comparou o diretor sobre a capacidade da maternidade. O diretor também apontou que o problema em Goiânia não é a falta de espaço físico. “A secretaria [SMS] não tem experiência em manutenção hospitalar”, considerou. 

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A professora Sheila Correia e a filha Maria Joana acabaram de receber alta. “Isso é muito bom. É uma benção. Esse hospital não pode fechar. São vidas. Se não fosse o hospital, não estaria com minha filha nos braços”, disse a professora sorridente. Sheila também se lembrou do ambulatório que suspendeu os serviços na semana passada. “O ambulatório tem que voltar agora doutor”, disse direcionada ao diretor técnico da unidade. O representante do Hospital justificou relembrando o problema financeiro da prefeitura. 

A massagista Ludmilla Gama, mãe de Manuela, considera a importância da reabertura do espaço e aponta a qualidade profissional e o espaço físico, como pontos positivos. “Bom de mais reabrirem o espaço. Quando tiver outro filho venho para cá”, disse a mãe.

Superlotação 

A decisão de reabertura do espaço foi tomada em reunião na quarta-feira (22), quando o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Eduardo Prego convocou uma reunião com o secretariado estadual e municipal de saúde para tratar do problema de superlotação no HMI. 

Dessa forma, houve uma readequação dos serviços prestados no HMI. O MP-GO também acordou com a direção da Maternidade Dona Iris, e se comprometendo a cobrar por parte da Prefeitura de Goiânia o pagamento da dívida com a Fundação que administra a maternidade. Quando o espaço foi fechado à dívida total chegava a R$ 15 milhões. 

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