Saúde prevê repique de segunda onda mais severo

Secretaria também não descartou a possibilidade de uma terceira onda da doença | Foto: Reprodução

Postado em: 20-05-2021 às 08h03
Por: Maiara Dal Bosco
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Secretaria também não descartou a possibilidade de uma terceira onda da doença | Foto: Reprodução

Goiás voltou a ter alta no registro de novos casos de Covid-19. Com o aumento da taxa de transmissão, bem como estabilidade na quantidade de óbitos e de internações, o Estado pode viver nos próximos dias um repique da segunda onda da pandemia, o que seria diferente de uma terceira onda. De segunda-feira (17) para terça-feira (18), foram quase 3,4 mil novos casos confirmados da doença.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, uma nova alta de casos nos próximos dias não poderia ser considerada uma terceira onda da Covid-19 no Estado, uma vez que Goiás não teve fatores como a queda significativa na taxa de ocupação hospitalar da rede pública, por exemplo. Segundo ele, o aumento dos casos é contrabalanceado com a vacinação, tanto que, naqueles grupos que foram vacinados, como os idosos acima de 60 anos e os trabalhadores de Saúde, é possível perceber uma queda no número de contaminados e de internação.  

“Já percebemos no País cinco Estados que estão subindo o número de internações e de casos”, alertou o secretário. “Isso nos deixa preocupados, sem alarde, mas também não ignorando esse movimento, que pode tanto desencadear um repique de segunda como também numa terceira onda”, ponderou. 

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Para ele, do ponto de vista operacional, este repique de segunda onda pode ser pior do que uma terceira. “A terceira onda pressupõe que você já atingiu um estágio mais baixo, atingiu aquele fator bem baixo e começaria a subir de novo. Ou seja, teria fôlego, teria um quantitativo de leitos desocupados para ocupar. Se o repique vem agora, nós não desocupamos todos esses leitos”, disse. 

Alerta 

Com o avanço da vacinação, o Estado está em ‘queda sustentada’ nos indicadores da pandemia, com o número de internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em redução há mais de 40 dias. “A aplicação das vacinas avançou e temos números sensíveis que mostram diminuição das internações das pessoas idosas e dos trabalhadores da saúde”, frisou Ismael Alexandrino.

Ainda segundo o secretário, apesar do alívio de ver o mapa de risco de Goiás caminhando para uma situação melhor, é importante que a população mantenha todos os cuidados, como os hábitos de higiene e distanciamento social. “Não podemos pensar que a pandemia acabou”, destacou. 

Dados 

A taxa de ocupação da rede pública estadual na tarde de ontem (19), era de 79,07% nas UTIs, o que significa a disponibilidade de 121 leitos e de 62,38% na enfermaria, o que representa que 278 leitos estavam disponíveis para internação. Em Goiânia, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na rede municipal ontem (19) era de 78,99%. Na enfermaria, a ocupação era de 62,98%.  

Sobre o número de casos, a SES-GO contabilizou que há 584.881 casos de doença pelo coronavírus (Covid-19) confirmados em território goiano desde o início da pandemia, em março de 2020. Destes, há o registro de 557.539 pessoas recuperadas e 16.246 óbitos confirmados até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,78%.

Vacinação

Na madrugada de ontem (19), Goiás recebeu o terceiro lote de vacinas fabricadas pela Pfizer/BioNTech, com 21.060 doses. Os imunizantes serão distribuídos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade e Rio Verde. Os municípios possuem capacidade de armazenamento e aplicação devido às particularidades do imunobiológico que exige temperaturas mais baixas. 

A vacina da Pfizer/BioNTech possui registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem mais de 90% de eficácia comprovada quando aplicadas as duas doses. O intervalo entre a primeira aplicação e o reforço vacinal, segundo Ministério da Saúde, é de três meses. 

Nesta semana, o Governo de Goiás já recebeu 217.160 vacinas. O primeiro lote chegou na madrugada de terça-feira (17) com 196 mil imunizantes da AstraZeneca, produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Desse total, 79.600 foram destinados à aplicação da primeira dose e 116.500 para reforço.  (Especial para O Hoje)

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