Instalada Comissão que vai investigar a SMT

Por unanimidade, foram escolhidos os vereadores Elias Vaz (PSB) como presidente, Cabo Senna (PRP) para vice-presidente e Eduardo Prado (PV) para a relatoria

Postado em: 28-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Da redação

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar os contratos da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) definiu ontem a presidência, vice-presidência e relatoria do colegiado. Por unanimidade, foram escolhidos os vereadores Elias Vaz (PSB) como presidente, Cabo Senna (PRP) para vice-presidente e Eduardo Prado (PV) para a relatoria. Os vereadores Lucas Kitão (PSL), Anderson Sales (PSDC), Welington Peixoto (PMDB) e Izídio Alves (PR) também fazem parte da comissão.

A partir desta primeira reunião, a CEI terá quatro meses de trabalho, prorrogáveis por mais 120 dias. Ficou decidido que as reuniões ordinárias vão acontecer sempre às segundas-feiras, às 08h30, na sala das Comissões.

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No primeiro dia de reunião a comissão aprovou diligência à SMT para verificar a atual situação do órgão. “Todos os membros da comissão precisam ver e comprovar o quadro de sucateamento da SMT. Com as informações em mãos poderemos trabalhar com mais eficiência trazendo resultados concretos, acabando com a impunidade e melhorando a prestação de serviço para a população”, explica Elias Vaz.

Além da eleição, foram aprovados quatro requerimentos com pedido de esclarecimentos endereçados à SMT. O primeiro solicita cópia de todos os contratos e notas fiscais referentes à Dataprom, empresa responsável pela sincronização dos semáforos na capital.  O segundo pede cópias do processo com a Trana Construções Ltda, que atuou no controle de fotossensores em Goiânia até o ano passado. O terceiro pede informações sobre a atual situação do processo licitatório com a Eliseu Kopp para instalação e manutenção de fotossensores e o último solicita à área administrativa da SMT que informe o número de servidores da Secretaria que estão à disposição em outros órgãos, deixando de prestar serviço de agentes de fiscalização de trânsito.

A Comissão ainda quer apurar contratos como o de quatro mil cavaletes que foram pagos e, supostamente, não foram entregues ao órgão e também a compra de tintas para sinalização horizontal.  Os motivos do sucateamento da frota, apesar de gastos anuais com manutenção, e os métodos de pintura da sinalização, que exigem reparos frequentes também serão investigados.

Ainda há indícios de problemas na prestação de contas da Secretaria. A SMT arrecadou com multas no ano passado cerca de R$ 56 milhões, mas só há comprovação de gastos dentro da previsão legal de R$ 44 milhões, restando um déficit de R$ 13 milhões. 

O intuito da comissão é que a CEI seja propositiva e traga resultados concretos para o município. “Os vereadores que compõem essa CEI são sérios e estão interessados em resolver os problemas desse órgão que está totalmente sucateado. Acredito que com união vamos descobrir a verdade dos fatos para tomarmos providência”, conclui o relator da CEI, Delegado Eduardo Prado. 

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