A cada mês, uma criança é abandonada

O caso mais recente é de um bebê que foi encontrado por um pedreiro dentro de uma caixa de papelão em um lote baldio

Postado em: 28-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O caso mais recente é de um bebê que foi encontrado por um pedreiro dentro de uma caixa de papelão em um lote baldio

Caio Marx

Foram registrados pela Polícia Civil apenas nos quatro últimos meses, quatro casos de recém-nascidos que foram abandonados pelas suas famílias em Goiânia e Região Metropolitana. A corporação destaca uma grande preocupação com os casos de abandono de incapaz que vem ocorrendo na capital nos últimos meses. Segundo dados da PC, todo mês ao menos uma criança é abandona pela sua mãe ou pela família na capital.

O caso mais recente aconteceu neste domingo (26) no Parque Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia. Um bebê foi encontrado por um pedreiro dentro de uma caixa de papelão em um lote baldio. Segundo a Maternidade Marlene Teixeira, o recém-nascido está bem e deve receber alta médica hoje. A criança tem recebido várias doações de roupas, fraldas e lenços umedecidos.

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De acordo com informações da Maternidade, a criança está saudável e aguarda alguns exames laboratoriais para receber alta. O hospital informou que assim que a criança sair da unidade, ele será entregue ao Conselho Tutelar de Aparecida de Goiânia.

De acordo com a Polícia Civil, ainda não há pistas sobre a mãe da criança. Em entrevista a reportagem do O Hoje, a delegada de Proteção da Criança e do Adolescente, Caroline Braga, que é a responsável pelo caso, destacou que os policiais estão fazendo diligências em busca da mulher. 

Imagens de câmeras de segurança estão sendo buscadas pela Polícia Civil e também estão sendo realizados levantamentos nas unidades de saúde para saber se alguma mulher que deu à luz recentemente foi atendida. O objetivo da DPCA é descobrir quem deixou o recém-nascido abandonado no lote baldio.

O caso

Na manhã do domingo (26) o pedreiro Edmilson Xaviel chegou para trabalhar em uma construção e encontrou uma caixa suja de sangue e que se mexia em um lote baldio no Parque Veiga Jardim. O pedreiro decidiu verificar o que tinha dentro da caixa e encontrou o bebê. Edmilson acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que prestou o primeiro atendimento. O menino ainda estava envolto pela placenta, o que indicava que ele havia nascido horas antes. 

Depois dos primeiros socorros, a criança foi levada para a Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia. O diretor geral da unidade, Denysson José Morais Lopes, informou que a criança está bem, que está com 3,8 quilos, com 53 centímetros, e possui os cabelos pretos. Ainda segundo a Maternidade, o bebê nasceu por volta das 40 semanas de gestação. 

De acordo com a conselheira tutelar Maria Luiza Brandão Lobo, o objetivo do conselho tutelar também é encontrar a família do recém-nascido, pois muitas mães tomam essa atitude em um momento de desespero, e a mãe da criança tem todo o direito de voltar atrás e procurar o Conselho Tutelar ou o Juizado da Infância e Juventude. 

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