Rede vai monitorar sustentabilidade em Goiânia

Capital é uma das escolhidas no País para integrar projeto com metodologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento com rede de monitoramento cidadão

Postado em: 29-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Da redação

A capital de Goiás terá, a partir da quinta-feira (30), uma rede de monitoramento cidadão. Goiânia é uma das cinco cidades escolhidas no Brasil para integrar a iniciativa que trabalha com metodologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apoio financeiro do Fundo Socioambiental da CAIXA (FSA/CAIXA) e execução da agência Baobá – Práticas Sustentáveis. A função da rede é acompanhar o desenvolvimento de temas que impactam na vida dos cidadãos. Também cabe a ela a promover o envolvimento dos cidadãos e o incentivo a práticas sustentáveis nas esferas pública e privada.

A rede é um dos eixos do Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis do BID e será composta por organizações da sociedade civil, iniciativa privada, meios de comunicação e academia. A organização visa ainda a produção de indicadores e a criação de ferramentas para divulgação dos índices por meio de site e aplicativo.

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A Assembleia Geral de Constituição da rede ocorrerá no dia 30 de março, às 9h, na sede do SEBRAE, em Goiânia, e a sessão solene de apresentação para a sociedade às 19h30min, no mesmo local.

Para realizar o trabalho de acompanhamento dos temas da cidade, a Rede de Monitoramento irá trabalhar com uma lista de 137 indicadores distribuídos em diferentes áreas como segurança, energia, mobilidade, competitividade da economia, desigualdade urbana e uso do solo. “Com a formação e operação da rede de monitoramento, os cidadãos ganham dados confiáveis gerados a partir da análise técnica em assuntos de sustentabilidade urbana e poderão observar o que está sendo feito na construção de uma cidade sustentável”, acrescenta o coordenador nacional do projeto na Baobá.

Complemento

Para a especialista sênior em Desenvolvimento Urbano e Saneamento e coordenadora do Programa CES no Brasil, Márcia Casseb, a fundação das redes de monitoramento é uma etapa fundamental para a evolução e consolidação do Programa no país. “Buscamos construir um processo orgânico, coletivo, e que se somasse aos esforços de movimentos já empreendidos nas cidades do Programa. A partir das redes de monitoramento, esperamos aproveitar o esforço empreendido durante as fases do Programa que culminaram no lançamento do Plano de Ação e contribuir para o fortalecimento uma cultura de transparência, de participação dos cidadãos, debate público qualificado e de rendição de contas nas cidades brasileiras”, acrescenta.

O diretor de Serviços de Governo da Caixa, Roberto Barros Barreto, considera que a parceira da Caixa com o BID na CES reafirma o compromisso do banco para a promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do país. “As redes de monitoramento cidadão objetivam proporcionar a participação do cidadão, por meio de representantes da sociedade civil organizada, no monitoramento de indicadores de sustentabilidade urbana nas cidades beneficiadas com o Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis – CES. Com isso, busca-se incentivar a construção da cidadania e uma maior transparência na gestão municipal”, pontua.

Compartilhamento

A metodologia CES foi criada em 2010 e focada em cidades médias e de crescimento acelerado na América Latina e Caribe e, até o presente momento, já foi executada em 71 cidades do continente. Além de Goiânia, outras quatro capitais brasileiras sediarão as redes de monitoramento cidadão: Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Palmas (TO) e Vitória (ES), com apoio financeiro do Fundo Socioambiental da Caixa.

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