Assaltos cometidos em escolas e Cmeis é recorde em fevereiro

Caio Marx

Os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e as escolas estaduais de Goiânia e Região Metropolitana estão sendo alvos frequentes de assaltos. Apenas no mês de fevereiro deste ano foram registrados três roubos a estabelecimentos de ensino, totalizando 33% de todos os furtos e roubos cometidos em 2016. O caso mais recente aconteceu nesta segunda-feira (27) quando criminosos invadiram uma escola estadual em Aparecida de Goiânia. 

O crime aconteceu por volta das 21h no Colégio Estadual José Alves de Assis, no Setor dos Afonsos. Segundo a direção da unidade, os criminosos estavam armados e agiram com extrema violência. Para entrar na escola, os bandidos pularam o muro que fica no fundo da escola, atravessaram o corredor que dá acesso às salas de aula e começaram a abordar os professores e alunos, eles levaram vários celulares, roupas, calçados e até jóias.

Segundo a diretora da unidade, a escola é equipada com câmeras de segurança, mas há menos de uma semana todos os cabos dos equipamentos foram roubados. De acordo com a segurança da escola, um segurança fazia a vigilância da unidade no momento do crime.

Em nota, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que já solicitou à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) o reforço do policiamento na região e que a direção da escola tomou todas as providências cabíveis ao caso, contatando a polícia logo após o crime.

Outro caso recorrente é na Escola Municipal Professor Trajano de Sá Guimarães, no Parque Amazônia que somente este ano foi arrombada ano quatro vezes, os alunos e seus pais reclamam do grande prejuízo que é causado, segundo os estudantes até os alimentos que ficam na escola para as refeições dos alunos foram levados. 

Também neste mês a Escola Municipal Frei Confaloni, no Setor União, em Goiânia, foi furtada pela quarta vez, os vândalos usaram vassouras para queimar os sensores do alarme, roubaram computadores, aparelhos de som, facas, tesouras além de jogar tinta de impressora e pó de café em todas as salas da direção da escola, os suspeitos dos cometer os atos de vandalismo e os assaltos foram presos e possuem entre 14 e 17 anos, por isso foram liberados.

De acordo com Guarda Civil Metropolitana (GCM) após a promulgação da Lei Federal 13.022/14, a Guarda se tornou um agente de segurança pública e não mais um vigilante de escolas, mas mesmo assim a Guarda se propõe a fazer um trabalho de patrulhamento nas unidades, além de monitoramento eletrônico e pede urgentemente a melhoria das instalações das escolas públicas e Cmeis da região metropolitana de Goiânia.

Ainda de acordo com a GCM para que fosse possível atender as 361 unidades da Secretária Municipal de Educação, o efetivo da Guarda teria que ser de pelo menos 5.400 homens, o que é inviável para o município que atualmente possui 1.400 agentes.