Polícia Civil deflagra operação contra organização criminosa especializada em roubos de medicamentos
Quatro pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, fraudes fiscais e outros.
Por: Luan Monteiro
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), em ação integrada com a Polícia Militar de Goiás (PM-GO) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagrou nesta terça-feira (25/05) a Operação Malus Pharma. A operação ocorreu após oito meses de investigação, e teve como alvo uma organização criminosa especializada em roubo de cargas de medicamentos.
Ao todo, quatro pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, fraudes fiscais e outros. A operação teve apoio também da Secretaria Estadual da Economia.
As cargas vinham de Minas Gerais e São Paulo. Os medicamentos saíam da fábrica, nestes Estados, mas não eram entregues na sua totalidade para as empresas vítimas. Parte da carga de medicamentos era subtraída e revendida para pequenas farmácias, cujos proprietários tinham conhecimento prévio da origem ilícita dos produtos. Os crimes tinham envolvimento de caminhoneiros, de funcionários das indústrias farmacêuticas e de outras pessoas.
A Decar solicitou ao Poder Judiciário autorização para ação controlada. Concedida a medida judicial, passou a monitorar os alvos há cerca de dez dias. Na última segunda-feira (17), a policia descobriu o local onde os medicamentos eram guardados, em Aparecida de Goiânia.
Os agentes realizaram o monitoramento do local e, nesta terça-feira (25), o dono do imóvel onde era armazenada a carga, bem como outras três pessoas, foram presas. Os policiais conseguiram recuperar mais de R$ 20 milhões em medicamentos subtraídos que eram guardados no imóvel. A maioria pertencia a uma indústria de Anápolis.
A ação controlada é um instrumento de investigação criminal previsto na Lei de Organizações Criminosas e consiste em retardar a intervenção policial frente à atuação dos investigados, visando obter a maior amplitude possível de provas e informações que alcancem a todos os crimes cometidos no esquema da organização criminosa.
