Após morte de macaco, Febre Amarela chega a Goiânia

SMS confirma morte de macaco contaminado, em zoológico da Capital e assegura que não há motivos para pânico. 94% da população esta vacinada

Postado em: 31-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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SMS confirma morte de macaco contaminado, em zoológico da Capital e assegura que não há motivos para pânico. 94% da população esta vacinada

Wilton Morais 

Após surto de Febre Amarela em Minas Gerais (MG), São Paulo (SP) e Espírito Santo (ES) no inicio deste ano, a suspeita do vírus, em Goiânia, é confirmada após a morte de um macaco Guariba no zoológico da Capital. O animal foi encontrado morto e exames apontaram como positivo a presença do vírus. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), 94% da população goianiense esta vacinada. A pasta orienta ainda que os indivíduos que não estejam com a imunização em dias procure os postos de vacinação.

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O superintendente de vigilância em saúde da SMS, Robson de Azevedo, explica que não há motivos para correria nos postos de saúde. “Provavelmente algum visitantes tenha trago o vírus para a cidade. Quem for vacinado não tem com o que se preocupar. Caso a pessoa não for vacinada ela precisa tomar as duas doses”, explica. É fundamental estar com cartão de vacinas em mãos. Para os esquecidos: “A pessoa tem que lembrar onde está o cartão. Apenas em último caso a terceira dose da imunização pode ser aplicada, por conta dos efeitos diversos”, orienta. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como ideal, a imunização de 80% da população. Conforme dados da SMS, apenas neste ano, mais de 50 mil pessoas foram vacinadas contra Febre Amarela, em Goiânia. “Foram mais vacinas do que o registrado durante o ano passado”, disse o superintendente. Robson também ressalta que na Capital não há áreas silvestres, onde o Aedes aegypti pudesse transmitir o vírus.

Morte

Em janeiro deste ano a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a morte de mais de 30 pessoas por febre amarela. O surto foi considerado o pior pelas autoridades do Estado. Em média foram 400 casos notificados em MG. Em São Paulo também houve relatos de uma epidemia da doença. Já no Espírito Santo, foram mais de 20 casos suspeitos até o final de janeiro.

“Nesses lugares citados, não tinha nem 40% das pessoas vacinadas”, considera o superintendente de vigilância. De acordo com Robson, o desastre e tragédia ecológica de Mariana contribuíram para o surto da febre amarela nesses estados. “Os macacos e mosquitos encontraram a população sem a imunização”, explica. “O macaco ajuda na identificação, estamos limpando criadouros e vacinando a população, para evitar qualquer outro caso”.

A SMS também não descarta a possibilidade de morte em locais exatos de Goiânia. “É possível que tenha alguma coisa pontual, até um óbito. Mas é bem improvável que haja um surto na cidade”, ressalta o superintendente. Questionado sobre a capacidade de tratamento na cidade, caso eventualmente haja população infectada com o vírus, Robson assegurou que os médicos do município estão capacitados para atendimento de febre amarela. “Não tivemos nenhum caso em humanos em Goiânia”, disse.

A atendente de call Center Ivaneide Menezes visitou o parque zoológico na tarde de ontem e acompanhou o trabalho de combate ao foco do mosquito. “Foi um passeio bem tranquilo. Todos nós já fomos vacinados, então não tivemos preocupações”, contou ao caminhar com a família para fora do parque. A autônoma Maria Dourado ouviu os comentários da população sobre o caso, porém, também não se alarmou por estar imunizada. “Pediram meu cartão de vacina na entrada do parque”, disse. O sistema de controle de infecção deve acontecer pelos próximos dias no parque zoológico e no Lago das Rosas. 

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