Índice de infecção do Aedes está acima do tolerável

Em 10 dias, vigilância em zoonoses vistoriou 2.028 imóveis na região Oeste. Foram encontrados 33 focos do mosquito. Índice de infecção é de 1,39% na Capital. O normal seria no máximo 1%

Postado em: 01-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em 10 dias, vigilância em zoonoses vistoriou 2.028 imóveis na região Oeste. Foram encontrados 33 focos do mosquito. Índice de infecção é de 1,39% na Capital. O normal seria no máximo 1%

Wilton Morais

A vigilância em zoonoses da prefeitura municipal de Goiânia visitou entre os dias 20 e 30 de março vários imóveis da região Oeste de Goiânia, região onde foi encontrado morto um macaco Guariba com o vírus da febre amarela. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o índice de infestação predial (IIP) do mosquito Aedes aegypti na região do setor Oeste foi de 1,39%. Segundo informou o supervisor do distrito sanitário Sul, Benedito Rodrigues, dos 2028 imóveis vistoriados, 33 focos do mosquito foram identificados.

“Essa região já teve épocas com 100 focos. O número é ainda maior que o tolerável de 1% do Ministério da Saúde”, diz o supervisor. Segundo o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (Liraa) realizado pela SMS, na primeira semana de janeiro, o distrito sanitário Sul – que engloba o setor Oeste – apresenta índice de infestação predial do mosquito Aedes Aegypti em 1,44%. O estudo também aponta que 1,39% das residências de Goiânia apresentam infestação do mosquito. O estudo considerou a visita em 27.053 imóveis. 

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Morte do macaco

Na quinta-feira (30) a Saúde confirmou que um Macaco Guariba foi encontrado morto na área de visitação do zoológico de Goiânia, no setor Oeste, com o vírus da febre amarela. A suspeita da direção do zoológico é que o animal tenha contraído o vírus na mata interna do parque. Ainda na quinta-feira, o supervisor sanitário da região informou que foram encontrados cinco focos do mosquito na parte interna do parque. Outros sete focos foram encontrados do lado de dentro. Como prevenção a direção do zoológico está solicitando aos visitantes que apresentem o cartão de vacinas na entrada do parque. A intenção é que pessoas sem a imunização não corram risco de serem infectadas pelo transmissor. 

A orientação da SMS é que a população da região que ainda não tenha tomado a vacina contra o vírus, busque a imunização nos postos de atendimento do município. A secretaria ressalta ainda que 94% da população goianiense já está vacinada, e que o macaco não é o transmissor da doença, e sim um auxiliar na identificação do vírus. Desde o surto de febre amarela vivenciada no inicio deste ano, em Minas Gerais – estado vizinho a Goiás – a SMS está em alerta para monitorar os casos de suspeita em Goiás.  De acordo com a pasta a morte do macaco não representa risco e não há confirmação de nenhum caso em humanos, em Goiás.

Aedes Aegypti

O mosquito Aedes aegypti é o responsável pela transmissão da dengue e da febre amarela urbana. O seu tamanho é menor que os de mosquitos comuns, com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. As asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano. Em média um único mosquito pode colocar entre 150 a 200 ovos. Dessa maneira, os órgãos de saúde ressaltam a importância de a população combater os focos do mosquito.  

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