MP denuncia mulher suspeita de matar e atear fogo no filho em Anápolis

A mulher segue detida, até esta quarta-feira (02/06), na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, segundo o Ministério Público

Postado em: 02-06-2021 às 13h21
Por: Victoria Lacerda
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A mulher segue detida, até esta quarta-feira (02/06), na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, segundo o Ministério Público | Foto: Divulgação

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou na terça-feira (01/06) uma jovem de 24 anos, acusada de matar e colocar fogo ao corpo do filho recém-nascido em um lote baldio de Anápolis. De acordo com os promotores de Justiça Denis Augusto Bimbati Marques e Luís Guilherme Martinhão Gimenes, a mãe foi denunciada por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, emprego de asfixia e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Segundo o MP-GO, foi apurado no inquérito policial que a mulher colocou o filho dentro de uma caixa de papelão e, utilizando-se de uma manta, do tipo cobertor, preencheu os espaços do recipiente e o escondeu em um cômodo nos fundos da casa em que morava. Passados quatro dias, por volta das 8h59 de 12 de maio, ela destruiu e ocultou o cadáver do filho, ao abandoná-lo em um lote baldio no Bairro Residencial Cerejeiras e atear fogo.

A investigação apontou que a mulher, ao descobrir a gravidez, fruto de um relacionamento com o namorado, decidiu esconder o fato dos familiares. Conforme a denúncia, ela também tentou provocar aborto por várias vezes, chegando a utilizar medicamentos com essa finalidade. 

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Gestação

Durante toda a gravidez, conforme apurado, a jovem seguiu utilizando as mesmas roupas, já que ganhou pouco peso. Antes de dar à luz, o que ocorreu no dia 03 de maio, ela contou para a mãe que iria se ausentar em razão de compromissos que havia assumido e, para o namorado, que teria de realizar tratamento médico, em razão de complicações de saúde provocadas pelo aborto.

A mulher permaneceu no hospital até o dia 8 de maio. Após receber alta médica, a denunciada voltou para casa levando o recém-nascido, mas o abandonou no cômodo dos fundos do imóvel e o privou de alimentação. Como detalhado na denúncia, depois de matar a criança por asfixia, levou o corpo do filho, dentro da caixa de papelão, até o terreno e, utilizando-se de álcool, ateou fogo. Ela foi filmada por câmeras de segurança e, logo que o cadáver da criança foi encontrado, a polícia solucionou o caso.

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