Cidades turísticas divergem sobre regras sanitárias

Pirenópolis estabeleceu o toque de recolher até às 5h

Postado em: 03-06-2021 às 08h00
Por: Daniell Alves
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Pirenópolis estabeleceu o toque de recolher até às 5h | Foto: Reprodução

As cidades turísticas do Estado se dividiram quando se trata das medidas para impedir o contágio da Covid-19 neste feriado. Enquanto algumas optam por maior flexibilização, outras endurecem as regras. As medidas levam em conta o cenário epidemiológico de cada município. Em Caldas Novas, a prefeitura decidiu manter o decreto publicado há 10 dias.

Na cidade, as atividades econômicas estarão abertas normalmente, inclusive eventos como shows e solenidades. Contudo, todos precisam ser autorizados pelo Departamento de Vigilância Sanitária e possuir o alvará de liberação. Bares e restaurantes podem funcionar até às 2h, com 75% da capacidade. Brinquedotecas também podem atender, desde que respeitem 50% da ocupação.

Já em Pirenópolis, o município ampliou o rigor para fiscalização ao cumprimento das regras do decreto. A cidade não terá ponto facultativo, mas tem expectativa para receber centenas de turistas nos locais mais conhecidos, como a Rua do Lazer, onde as pessoas se encontram principalmente à noite para jantar. O decreto da cidade estabeleceu o toque de recolher de meia noite às 5h.

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O funcionamento de bares e restaurantes é permitido até às 23 horas e capacidade de atendimento limitada a 50%. A fiscalização também será intensifica para impedir a realização de festas clandestinas, de acordo com a prefeitura. A cidade também deve manter a medida de acesso nas entradas, exigindo a apresentação de voucher de reserva, aferindo a temperatura de todos no carro.

A secretária de turismo de Pirenópolis, Vanessa Leal, informa que será obrigatória a apresentação do bilhete de reserva, seja para hospedagem ou acesso aos atrativos naturais, como as cachoeiras. Após dez dias da visita do turista, o município irá fazer uma pesquisa por telefone ou e-mail para que os visitantes respondam três perguntas. Caso algum deles seja diagnosticado com Covid-19, profissionais irão rastrear os locais percorridos pela cidade.

Em Rio Quente, o decreto permite atendimento maior os visitantes, de até 75%. A prefeita do município, Ana Paula Lima, informa que existem menos de 10 casos de pessoas com Covid-19 em monitoramento e não vê a necessidade de manter regras mais rígidas. “Mas não estamos tolerando aglomerações, nem festas clandestinas. Temos uma parceria com a Polícia Militar para coibir ações fora das regras atuais de enfrentamento ao vírus”, diz.

Goiânia

Na Capital, a prefeitura de Goiânia decretou ponto facultativo na sexta-feira (4) em função do feriado de Corpus Christi. Durante o feriado prolongado, haverá alterações no funcionamento dos órgãos municipais e aqueles considerados essenciais trabalharão em regime de plantão, como serviços de saúde e limpeza pública.

Os casos de urgência e emergência serão atendidos nas unidades de saúde da Capital que funcionam 24 horas, conforme classificação de risco e com priorização das situações mais graves. Já os serviços de varrição, coleta de lixo orgânico e seletivo e de resíduos infectantes seguem sem interrupção, assim como os atendimentos nos casos de queda de árvores e recolhimento de animais mortos. A segurança dos prédios e logradouros públicos do município, como escolas, parques e unidades de saúde, também continua sendo realizada pelos agentes da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM).

Cenário verde

Em Aparecida de Goiânia, o prefeito Gustavo Mendanha optou pela suspensão do ponto facultativo. Mesmo que a cidade não seja considerada um ponto turístico, o prefeito informou que não irá liberar funcionário público na sexta. A Prefeitura pede que a população se conscientize acerca dos perigos da Covid-19 e mantenha as medidas preventivas nos dias de folga. Entre elas, evitar aglomerações e festas que são consideradas hoje pelos especialistas os maiores vetores da doença, pois os cuidados são mínimos.

Aparecida está hoje no cenário verde, de risco baixo, do isolamento social intermitente por escalonamento regional das atividades econômicas adotado pela cidade há quase 100 dias. Neste cenário, que segue Matriz de Risco que avalia oito pontos incluindo ocupação de leitos de UTI e número de casos ativos, os comércios não essenciais fecham uma vez por semana, conforme a macrozona em que se encontram e a cada dia, de segunda a sexta, fecham duas das dez macrozonas da cidade. (Especial para O Hoje)

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