Goiás tem 52 óbitos por Covid-19 de grávidas e puérperas

Somente em Goiânia foram registrados 13 óbitos

Postado em: 04-06-2021 às 09h40
Por: Maiara Dal Bosco
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás tem 52 óbitos por Covid-19 de grávidas e puérperas
Somente em Goiânia foram registrados 13 óbitos | Foto: Reprodução

O Estado já soma 52 óbitos de mulheres grávidas e puérperas em decorrência da Covid-19, no período entre o início da pandemia, em março de 2020, até o último dia 15 de maio. O total de casos confirmados da doença em gestantes goianas é de 2.115.

Na Capital, segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), foram registrados 127 casos confirmados e 13 óbitos. O relatório mostra ainda que, em Goiânia 41,58% destas gestantes foram internadas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 13,13% chegaram a ser intubadas para o tratamento da doença.

Em Aparecida de Goiânia, segunda cidade mais populosa do Estado, o OOBr Covid-19 aponta 32 casos confirmados de gestantes com a doença. Destas, 48,28% foram internadas em UTIs e 10,34% foram intubadas. No município, 5 gestantes faleceram em decorrência da doença. Anápolis e Rio Verde, tiveram, respectivamente, 21 e 12 casos confirmados de gestantes com Covid-19. Destes, são 10 óbitos em Anápolis e outros 5 na cidade de Rio Verde.

Continua após a publicidade

Cuidados

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim, explica que este é um dos públicos mais suscetíveis a complicações pela Covid-19 devido às condições hormonais e fisiológicas da gestação e pós-parto. Além disso, com o avanço de novas variantes do coronavírus, houve aumento de casos da doença, com elevação no número de óbitos em todos os grupos de risco, o que inclui grávidas e puérperas.

A coordenadora de Assessoria de Redes de Atenção em Saúde da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Sais) da SES-GO, Paula dos Santos Pereira, detalha que já foram registrados cerca de 30 óbitos de gestantes jovens em Goiás. “São mulheres que deixaram seus filhos e famílias. É triste as pessoas ainda não verem o impacto dessas mortes e a importância de evitá-las”, pontua Paula.

Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos apontam que a chance de uma grávida infectada pelo vírus ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é 62% maior que outras mulheres na mesma faixa de idade. Já a possibilidade de a gestante necessitar de intubação e ventilação mecânica foi 88% maior do que no público feminino geral.

Recomendações 

Entre as recomendações essenciais a serem efetivadas durante a pandemia pelas gestantes e puérperas, a SES-GO orienta a manutenção do distanciamento social, prevenindo a exposição ao vírus; a opção pelo regime home-office pelas trabalhadoras grávidas; a lavagem frequente das mãos; uso de álcool em gel e máscara; a realização adequada do pré-natal e a restrição de contatos com pessoas que tenham sintomas de Covid-19. 

Caso apresente qualquer sintoma de infecção pela Covid-19, a gestante deve procurar assistência médica imediata. Os partos cirúrgicos (cesarianas) devem ser evitados, com a opção pelo parto natural (normal). De acordo com orientações do Ministério da Saúde, as gestantes que apresentarem qualquer tipo de comorbidades devem ser incluídas no grupo prioritário para a vacinação. Entretanto, para tal, elas devem receber doses das vacinas Pfizer e Coronavac. 

Para minimizar os riscos da Covid-19 em mulheres grávidas e puérperas, o Governo de Goiás promoveu a atualização dos profissionais que atuam nas unidades de saúde da atenção primária, os chamados postinhos de saúde, sobre o fluxo de atendimento às pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus, medidas de prevenção e estratificação de risco. (Especial para O Hoje)

Veja Também