Atendimento médico prejudicado há quase 15 dias

Apesar da orientação para não faltar ao trabalho, fim de semana e segunda-feira foram marcados pela ausência de 41% dos médicos

Postado em: 04-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Apesar da orientação para não faltar ao trabalho, fim de semana e segunda-feira foram marcados pela ausência de 41% dos médicos

Wilton Morais

Mesmo após reunião, entre o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o final de semana na Capital foi marcado por mais problemas de atendimento. De acordo com balanço informado pela SMS, faltaram ao trabalho durante esses dias 91 profissionais, de uma escala de 218 médicos distribuídos entre sábado (1º) e ontem (3). A falta representa 41% do efetivo para os dias. A crise na saúde pública de Goiânia completará amanha (5), 15 dias, desde quando a Prefeitura suspendeu os contratos vigentes com a categoria e implantou um novo modelo. À ocasião, 480 profissionais foram exonerados. 

Na última quinta-feira (30), em assembleia realizada na sede do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), os médicos decidiram em votação pela não aceitação do acordo oferecido pela SMS. De acordo com a SMS, ainda não foi apresentada nenhuma contraposição. Como solução imediata e temporária, os profissionais solicitam a prorrogação dos contratos vigentes até que as negociações se conclua sem a interrupção do atendimento a população. O pedido foi acatado pela pasta. Ao todo, 108 profissionais aderiram ao novo modelo de contrato.

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No Cais Amendoeiras o atendimento ontem foi tumultuado e a espera durava mais de quatro horas. Segundo a SMS, foram disponibilizados para o atendimento três médicos para a unidade. Ainda na segunda feira, a escala estava prevista com quatro médicos para o Cais Cândida de Moraes; três para o Cais Amendoeira, Cais Guanabara e Cais Chácara do Governador; dois no Jardim Novo e um pediatra em Campinas. No setor Jardim América a população foi orientada a procurar outra unidade. 

O Simego enviou as reivindicações debatidas com a categoria na sexta-feira para a SMS que já respondeu o sindicato. Porém, até o fechamento desta edição, o Simego ainda não havia divulgado o posicionamento que será tomado pela categoria. A SMS também não informou se acatara as reivindicações que ainda estão em debate. O Simego alertou ainda que orientou os médicos a não faltarem ao trabalho, já que os contratos foram prolongados, até que uma decisão seja tomada em conjunto, entre secretaria e sindicato.

Em coletiva de imprensa na sexta-feira (31), a SMS havia garantido médicos para o fim de semana. À ocasião, a secretaria Fátima Mrué explicou que as unidades contariam com um profissional médico no mínimo. A escala contaria com os novos médicos credenciados, além dos que estão com o contrato prolongado. O edital de chamamento da SMS continuará aberto até o dia 22 de abril para contratação de médicos credenciados. A Secretaria também espera que os profissionais procurem o Paço para fazer a adesão. 

De acordo com a pasta, Goiânia, possui médicos efetivos, aprovados em concurso público e prestadores de serviço. Os últimos são os responsáveis pelas ‘faltas’ que causaram a demora no atendimento a população. 

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