Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Professores ameaçam entrar em greve na terça

Greve na educação deve começar na terça-feira (11). Instituições de ensino decidem se irão parar. Mais de 200 escolas pararam ontem (6)

Postado em: 07-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Greve na educação deve começar na terça-feira (11). Instituições de ensino decidem se irão parar. Mais de 200 escolas pararam ontem (6)

Wilton Morais

Os servidores da educação do município de Goiânia aprovaram, ontem (6), indicativos de greve, que se iniciará na terça-feira (11). De acordo com o Sindicato dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), os servidores reivindicam 32 demandas que atingem diretamente a comunidade escolar. Entre as principais reivindicações, o sindicato aponta a necessidade e o direito do governo efetuar o pagamento da data base com os reajustes. Além disso, a categoria pede a atualização dos pagamentos, em conformidade com o piso nacional dos professores que foi aprovado no inicio do ano em 7,64%. Conforme o Simsed, somados os dois últimos aumentos, os servidores recebem R$ 7 a mais, em atualização. 

Os servidores também pedem regularidade na merenda escolar. O sindicato alega que em várias escolas, as crianças estão comendo apenas verdura na alimentação, sem carne. A sobrecarga de trabalho dos profissionais também é outro problema. Os profissionais pedem a convocação imediata de concursados e alega que em algumas instituições os alunos estão sendo liberados mais cedo. No final de fevereiro, a reportagem do O Hoje publicou relato de responsáveis por alunos da escola municipal Odília Mendes de Brito, localizada no Setor Novo Planalto, que estavam sendo liberados mais cedo por conta da falta de efetivo profissional na escola. Em março 660 profissionais foram convocados, porém, não foram suficientes para suprir a demanda.  

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Paralisação

O ato que deliberou a greve aconteceu, ontem (6), em frente à Secretaria Municipal de Educação (SM), no Setor Leste Universitário. Segundo o Simsed participaram do ato de paralisação em frente à secretaria cerca de 1.500 profissionais. Das 320 instituições administradas pela prefeitura, 200 não tiveram aula, por conta da paralisação. Na terça-feira quando a greve se inicia, os profissionais irão se reunir no centro da cidade para informar a população sobre o ato grevista. 

No sábado (8), haverá uma reunião, na Faculdade de Educação (FE-UFG), localizada no Setor Universitário às 8h30, para definir as ações da greve. Hoje (7) e segunda-feira (10), a direção das escolas municipais irão definir juntamente com o corpo decente das instituições se aderem o indicativo de greve. O sindicato deve divulgar na quinta-feira (13) um levantamento oficial da quantidade de escolas e funcionários parados. 

Na quarta-feira (5), a categoria se reuniu com a SME para apresentar algumas demandas. Porém, o sindicato alega que entre muitas promessas, a pasta não apresentou documentos que comprove o comprometimento da secretaria com a categoria. A SME foi procurada pela reportagem para prestar esclarecimentos e posicionamento sobre a greve. Porém, a mesma não se pronunciou até o fechamento desta edição.  

Reivindicações:

1.Melhoria nas escolas e CMEIs de Goiânia;

2.Imediato pagamento da data-base do trabalhador administrativo sem parcelamento;

3.Piso Salarial para o trabalhador administrativo de dois salários mínimos;

4.Cumprimento do Piso Nacional dos professores e reposição das perdas inflacionárias;

5.Reajuste da Titularidade do professor;

6.Reajuste do difícil acesso do professor;

7.Direito das auxiliares de atividades educativas realizar substituição;

8.Alteração do Plano de Carreira e Estatuto definindo o cargo de auxiliar como pedagógico e equiparando a suas vantagens na carreira a do professor;

9.Auxílio locomoção para as auxiliares de atividades educativas;

10.Pagamento de oito meses de retroativo dos servidores administrativos, referentes à data-base de 2014;

11.Pagamento das Progressões Horizontais e Verticais com retroativo;

12.Regulamentação do cargo de cuidador;

13.Direito ao auxílio locomoção para o trabalhador administrativo

14.Não fechamento do Ciclo 3;

15.Não retirada dos direitos dos diretores

16.Reabertura de turmas EAJA noturno nas Escolas onde fecharam e Manutenção onde já existem;

17.Imediata convocação dos aprovados no concurso público e não abertura de contratos temporários;

18.Reajuste do Auxílio Locomoção e da Regência;

19.Que a Progressão vertical dos servidores administrativos volte a ser de 2 em 2 anos;

20.Igualdade do recesso escolar dos trabalhadores administrativos em relação aos demais servidores da educação;

21.Direito a insalubridade para os trabalhadores administrativos;

22.Pagamento de três meses retroativo do Piso dos professores no ano de 2014;

23.Regência para o coordenador de turno;

24.Melhorias no atendimento do IMAS;

25.Melhoria na estrutura física de escolas e CMEIs.

26.Cumprimento da lei que garante a substituição do administrativo imediatamente;

27.Aumento da quantidade de administrativos nas escolas em que funcione o “Mais Educação”;

28.O administrativo com formação superior na área da educação, tenha garantia de valorização tanto economicamente quanto socialmente no decorrer de sua carreira pública.

29.Fim das Escolas e Cmeis de Placa;

30.Melhoria na qualidade da merenda escolar e dos produtos adquiridos para o preparo dos alimentos;

31.Maior segurança nas instituições escolares

32.Concessão imediata da licença, para evitar o déficit e a sobrecarga dos demais trabalhadores

 

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