Operação Patrocínio Infiel é concluída pela DRACO e tem policiais civis e advogados envolvidos

A investigação identificou a atuação de advogados junto a membros de uma facção criminosa goiana responsável por grande parte do comércio de cocaína do estado

Postado em: 16-06-2021 às 10h48
Por: Victoria Lacerda
Imagem Ilustrando a Notícia: Operação Patrocínio Infiel é concluída pela DRACO e tem policiais civis e advogados envolvidos
A investigação identificou a atuação de advogados junto a membros de uma facção criminosa goiana responsável por grande parte do comércio de cocaína do estado | Foto: Reprodução

A Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) deflagrou nesta quarta-feira (16/06) a Operação Patrocínio Infiel, resultado de uma investigação iniciada no ano de 2019. Foram mobilizados 155 policiais civis para o cumprimento de 72 mandados judiciais, sendo 39 de busca e apreensão e 33 de prisão. 8 mandados de buscas foram cumpridos em endereços vinculados a advogados suspeitos de integrar uma organização criminosa e, até o momento, duas advogadas foram presas durante a operação.

Além das buscas e prisões, também foram bloqueados mais de 49 mil reais em contas bancárias movimentadas pelos investigados, sete imóveis e dois veículos (um deles blindado).

A investigação identificou a atuação de advogados junto a membros de uma facção criminosa goiana responsável por grande parte do comércio de cocaína do estado, trazendo a droga da Bolívia.

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Os advogados investigados atuam nos presídios do Estado como verdadeiros comparsas de seus clientes, se aproveitando do acesso que têm aos detentos para levar e trazer mensagens tratando sobre tráfico de drogas, venda de armas, “batismo” e cadastro de novos membros na facção. As informações repassadas pelos advogados tratam, inclusive, sobre ataques a membros de facções rivais.

Foi identificada também uma rede de lavagem de dinheiro usada para movimentar o dinheiro do tráfico de drogas e de outros crimes. Essa rede é composta por contas de pessoas físicas, de empresas regulares e de empresas de fachada e movimentou mais de 150 mil reais de 2017 a 2020, em sua maioria de origem ilegal.

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