Greve dos professores tem baixa adesão

A definição de greve, apesar da assembleia, foi tomada pelo corpo de servidores de cada escola do município

Postado em: 12-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A definição de greve, apesar da assembleia, foi tomada pelo corpo de servidores de cada escola do município

Wilton Morais 

Segundo estimativa do Sindicato dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) mais de 100 das 361 escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), de Goiânia, entraram em greve, ontem (11). Por outro lado, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) alega que a paralisação acontece em apenas 29 instituições, cerca de 8% das unidades.

Para marcar a iniciativa dos profissionais que, entre as 32 reivindicações, pedem melhorias no espaço físico de trabalho e pagamento da data base com reajustes, um grupo de servidores realizou na manhã de ontem, um ato em frente à Catedral Metropolitana, no Setor Central. Os funcionários da Educação também solicitavam valorização profissional, como o pagamento do piso nacional do professor. 

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A greve já havia sido anunciada, na quinta-feira (6), em assembleia realizada à frente da SME, no Setor Leste Universitário. Para o Simsed, a Educação do município é um caos. O sindicato aponta que faltam professores e funcionários administrativos. Em algumas unidades do município, apesar da ultima convocação no inicio deste ano, a falta de profissionais tem provocado o revezamento para dispensa de alunos. 

Ainda na quinta-feira, 200 pontos de ensino do município não tiveram aula, em paralisação. A definição de greve, apesar da assembleia, foi tomada pelo corpo de servidores de cada escola do município, entre a sexta-feira (14) e hoje (12).

Posição 

A secretaria de educação reconheceu o contexto geral de restrições orçamentária e financeira. Porém, informou que tem garantido melhorias nas unidades educacionais, se comprometendo para valorizar os profissionais da educação.  A pasta ainda reintera que serão tomadas medidas necessárias para garantir o atendimento escolar, aos alunos matriculados na rede municipal. A SME também informou que está mantendo um dialogo constante com as representações sindicais legalmente constituídas, na educação do município. 

Confira a lista de reivindicações dos servidores: melhoria nas escolas e CMEIs de Goiânia; imediato pagamento da data-base do trabalhador administrativo sem parcelamento; piso salarial para o trabalhador administrativo de dois salários mínimos; cumprimento do piso nacional dos professores e reposição das perdas inflacionárias; reajuste da titularidade do professor; reajuste do difícil acesso do professor; direito das auxiliares de atividades educativas realizar substituição; alteração do Plano de Carreira e Estatuto, definindo o cargo de auxiliar como pedagógico e equiparando a suas vantagens na carreira a do professor.

Os servidores também apresentaram reivindicações como: auxílio locomoção para as auxiliares de atividades educativas; pagamento de oito meses de retroativo dos servidores administrativos, referentes à data-base de 2014; pagamento das Progressões Horizontais e Verticais com retroativo; regulamentação do cargo de cuidador; direito ao auxílio locomoção para o trabalhador administrativo. Além disso, os servidores municipais são contra o fechamento do Ciclo 3; a retirada dos direitos dos diretores e outros 17 itens. 

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