Desarticulada quadrilha de roubo a banco em Goiás

Os crimes aconteceram ano passado, em São Miguel do Araguaia, Mara Rosa, Cavalcante e Santa Terezinha de Goiás

Postado em: 12-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Os crimes aconteceram ano passado, em São Miguel do Araguaia, Mara Rosa, Cavalcante e Santa Terezinha de Goiás

Caio Marx

A Polícia Civil, por meio do Grupo Antirroubo a Bancos (GAB), apresentou nesta terça-feira, dia 11, a conclusão da Operação Proa Norte, que conta com uma série de investigações relacionadas a ações do grupo que praticava ataques a agências bancárias e empresas de transporte de valores, ocorridos na região Norte de Goiás. 

O líder e responsável pelas explosões, Daniel Xavier da Silva, foi preso em João Pessoa, na última quarta-feira, dia 5, com apoio da Polícia Civil da Paraíba. Ele estava em uma praia em frente ao apartamento de luxo onde residia desde o início do mês com a esposa, ostentando o dinheiro obtido nos crimes.

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De acordo com o delegado Alex Vasconcelos, responsável pelas investigações, Daniel era responsável por planejar os ataques e por armar os explosivos. Ele fazia a inteligência do grupo e obtinha maior parte dos valores obtidos nos assaltos. Vasconcelos destacou que o líder do grupo estava vivendo uma vida de luxo.

Ainda de acordo com o delegado, a operação foi resultado de mais de um ano de investigação, pois a polícia começou a apurar o grupo em janeiro do ano passado, após um ataque que destruiu duas agências bancárias de São Miguel do Araguaia, vitimando a assessora Viviane Ferreira, de 27 anos e deixando outros 15 moradores feridos durante um tiroteio.

Crimes

Os crimes aconteceram ano passado, em São Miguel do Araguaia, Mara Rosa, Cavalcante e Santa Terezinha de Goiás, além de um assalto a um carro forte próximo a cidade de Campinaçu. Os outros integrantes do grupo, Wilbon Desidério de Sousa, Welles Desidério de Sousa, Lucas Alcântara Santos de Souza, Azenilto José da Costa, Rafael Marcelo de Souza e Hugo Sérgio Borges, também foram presos.

De acordo como delegado, a Polícia Civil conseguiu comprovar a ligação do grupo com pelo menos sete ações criminosas. Em outubro de 2015, a quadrilha foi suspeita de roubar 600 quilos de explosivos em uma mineradora de Barro Alto. O material teria sido utilizado em todas as ações pelas quais o grupo responde. Em novembro do mesmo ano, o grupo explodiu uma agência bancária de Santana do Araguaia, essa ação teria sido a primeiro da quadrilha após o roubo dos explosivos.

No ano de 2016, a quadrilha efetuou vários crimes. Segundo o delegado, em janeiro o grupo explodiu dois bancos e fizeram moradores como reféns, causando a morte de uma pessoa e ferindo outras 15. Em março, a polícia afirma que a quadrilha explodiu uma agência bancária de Mara Rosa, fazendo seis moradores de reféns e ainda atirando contra a delegacia da cidade, evitando a saída dos policiais. Em junho, o grupo explodiu uma agência bancária de Cavalcante e fugiu em uma camionete. 

Em outubro do mesmo ano, os criminosos colocaram explosivos em três caixas eletrônicos e explodiram uma agencia do Banco do Brasil de Santa Terezinha de Goiás. Em novembro, a quadrilha explodiu um carro forte na GO-241. O veículo ficou completamente destruído, porém os ocupantes na se feriram. Os assaltantes obrigaram as pessoas a pegar o dinheiro esparramado na rodovia.

Todos os suspeitos serão indiciados pelos crimes de associação criminosa, latrocínio consumado, latrocínio tentado, roubo majorado pelo emprego de arma, concurso de pessoas e restrição da liberdade, e estão preventivamente no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. 

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