Temperatura em Goiânia pode chegar a 8°C

Frente fria vai atingir maioria das cidades goianas

Postado em: 29-06-2021 às 08h45
Por: Daniell Alves
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Frente fria vai atingir maioria das cidades goianas | Foto: Reprodução

Os goianos devem preparar as roupas de frio para os próximos dias. Mesmo sem previsão de chuvas, a temperatura em Goiânia pode marcar mínima de 8°C nesta semana, de acordo com o informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na região Sudoeste do Estado, a temperatura pode ser ainda mais baixa atingindo 6°C, aponta a chefe regional do órgão Elizabeth Alves.

Segundo ela, a frente fria vai atingir grande parte das cidades goianas. Na Capital, a queda da temperatura já começou ontem (28), com mínima de 11°C e máxima de 28°C. “Essa massa de ar frio chega ao Sul do Brasil e deve persistir ao longo da semana trazendo aqui para gente esse friozinho com cara do nosso inverno que ainda não tinha chegado”, explica.

Para esta terça-feira (29), prevista é de 13°C e a máxima é de 25°C. Conforme explica a chefe regional, o recorde de baixa temperatura poderá ser registrado amanhã (3), quando a mínima deve ser de 8°C. “As temperaturas começam a declinar principalmente na manhã de quarta-feira, onde devemos ter recordes de temperaturas mais baixas do ano, principalmente, nas regiões Sudeste, Sudoeste e em Goiânia”, afirmou. Contudo, não deve chover durante este período. Já a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 70%.

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A chegada da frente fria pode facilitar a propagação da Covid-19, informa a pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira. De acordo com ela, a propagação de todas as doenças transmitidas por partículas sólidas e gasosas podem aumentar em período de baixa temperatura, inclusive do coronavírus. “As doenças transmitidas por aerossóis de modo geral têm sua disseminação aumentada nos meses de inverno”. A médica explica que isso acontece devido à baixa umidade do ar mantém as partículas suspensas por mais tempo, os níveis de poluição atmosférica aumentam e as pessoas tendem a ficar por mais tempo em ambientes fechados.

Instabilidade

André Amorim, que atua como gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (Cimehgo) da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), explica de que maneira acontece o encontro de ar seco e quente com úmido e frio.

No Estado, predominava anteriormente uma massa seca e temperaturas elevadas. “Essa outra que chega é úmida e fria. Esse contato gera essas áreas de instabilidade, essa nebulosidade toda”, afirma. Ele também faz alerta para a população sobre o consumo consciente da água. Isto porque os reservatórios estão com a capacidade comprometida em função do período seco.

“Nós tivemos muitas chuvas torrenciais que não ajudam. Não dá tempo do solo absorver e só causa estragos. Nas cabeceiras dos reservatórios, não foi satisfatória a chuva. Por isso estamos com reservatórios de Itumbiara, São Simão, praticamente chegando a 10%. Estamos só no começo do período seco e todos os reservatórios do estado de Goiás estão com a capacidade baixa”, conclui.

Em maio, Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) já alertava que Goiás estaria em estado de emergência hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que faz a gestão do sistema, o volume de chuva se manteve baixo do normal em maio, e o país entra no período seco em situação delicada no que se refere à oferta de água. As regiões Sudeste e Centro-Oeste serão as mais afetadas com a seca neste ano.

Seca

A falta de chuvas no Estado é atribuída ao fenômeno La Niña, que é responsável pela irregularidade das chuvas. É o que afirma o gerente do Cimehgo. Ele explica que o fenômeno interfere na produção de frente fria. “Este ano, estamos com poucas frentes avançando no País e nós dependemos dessas frentes frias para que chova. Com menos chuvas, a temperatura tende a aumentar e a umidade do ar a se reduzir”, informa.

Outros fatores interferem na falta de chuvas de forma regular em Goiás. É um acúmulo de acontecimentos dos últimos anos. “Tivemos uma irregularidade nos últimos cinco anos, com baixos índices pluviométricos”, aponta. (Especial para O Hoje)

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