Duplicam casos de AVC atendidos no Hugol

Atendimentos de janeiro, fevereiro e março são o dobro dos realizados durante segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016

Postado em: 17-04-2017 às 10h30
Por: Renato
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Atendimentos de janeiro, fevereiro e março são o dobro dos realizados durante segundo semestre de 2015 e primeiro semestre de 2016

O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira
(Hugol) realizou, de julho de 2015 a março de 2017, 1.162
atendimentos, entre urgência e emergência, internação e ambulatorial, para
pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os atendimentos de
janeiro, fevereiro e março de 2017 (342) já são o dobro dos realizados durante
todo o segundo semestre de 2015 (169) e o primeiro semestre de 2016 (176), o
que denota um aumento alarmante. Esses números também mais que duplicaram no
comparativo do segundo semestre de 2015 com o mesmo período em 2016 (475).

De acordo com o supervisor médico de Neurocirurgia do Hugol,
Francisco Azeredo, o “acidente vascular cerebral isquêmico é uma interrupção
abrupta do fluxo sanguíneo cerebral, podendo levar à morte da região acometida.
Há também o AVC hemorrágico, que é o sangramento dentro do cérebro, decorrente
da ruptura de vasos intracranianos, como por exemplo a ruptura de um aneurisma
ou de uma malformação artério venosa”.

O médico completa que “a prevenção passa por hábitos de vida
saudáveis, como alimentação adequada, atividades físicas regulares, não fumar,
não beber em excesso etc., além do controle de hipertensão arterial, diabetes e
alteração dos níveis de colesterol, quando presentes”.
Azeredo explica que “os sintomas do AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico, têm
como principal característica início súbito, podendo se manifestar como
tonteira, dor de cabeça intensa de instalação súbita e diferente de todas as
que por ventura tenha tido, seguida ou não de perda da consciência, vômitos,
boca torta, paralisia de algum lado ou membro do corpo, dificuldade para falar,
confusão mental, sonolência e até coma”.
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Em caso de suspeitas do AVC, o indivíduo deve “procurar
imediatamente o serviço médico através do Samu, pois o atendimento rápido e
adequado serão determinantes no resultado final do tratamento”, completa o
neurocirurgião. Sobre o tratamento, ele relata que “é individualizado e o Hugol
conta com serviço especializado para dar atendimento e tratamento adequados
para cada caso”.

A Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV)
conscientiza que “existe uma ‘janela terapêutica’ para o tratamento do AVC, ou
seja, um momento ótimo para intervir nos processos patológicos desencadeados
pela isquemia cerebral no sentido de minimizar o dano ao sistema nervoso
central. Esta janela terapêutica, na maioria das vezes, tem uma duração de
poucas horas, o que determina a necessidade de rapidez no atendimento às
pessoas que apresentam um AVC agudo”.

Rápido atendimento
Tonteira foi o primeiro sintoma sentido pelo funcionário público Tullio
Alessandro Martins, de 42 anos, vítima de um princípio de AVC isquêmico em fevereiro
deste ano, paciente do Hugol. Desportista, ele jogava futebol quando percebeu
que estava um pouco tonto, por isso agachou para evitar cair. Seus colegas de
time perceberam seu mal-estar e logo chamaram o socorro. A partir desse
momento, Tullio já não movimentava o lado direito do corpo e nem conseguia
falar. Uma das pessoas que estava praticando o esporte próximo ao ocorrido se
apresentou como enfermeiro e, ao perceber os sinais que ele apresentava,
informou que poderia ser um AVC.

“Me levaram para o Hugol e fui atendido de imediato. No
atendimento, pelo que me falaram, eu perdi a memória por uns instantes, não
conheci ninguém. Foi dentro do prazo e, graças a Deus, foi tudo ótimo,
incluindo o atendimento dos médicos, que me atenderam na hora. Poderia reverter
ou não, mas como os médicos disseram, levo uma vida bem saudável, pratico
esporte, tenho alimentação controlada, não bebo, não fumo, e isso ajudou
bastante. Todos os procedimentos realizados aqui foram de padrão
internacional”, conta Tullio em seu retorno ambulatorial, pois teve alta
hospitalar alguns dias depois de sua internação, sem nenhuma sequela grave. (Goiás
Agora) 

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