Justiça condena policial aposentado a 14 anos por homicídio em Goiânia

Crime ocorreu em 2017 quando acusado teria se desentendido com a vítima em uma distribuidora de bebidas.

Postado em: 22-07-2021 às 13h40
Por: Luan Monteiro
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Crime ocorreu em 2017 quando acusado teria se desentendido com a vítima em uma distribuidora de bebidas | Foto: Reprodução

O Tribunal do Júri condenou na última quarta-feira (21/07), o policial militar aposentado, Jeová Pereira dos Santos, a 14 anos e 6 meses de reclusão pela morte de André Oliveira Schreiner. O crime ocorreu em 2017 quando o acusado teria se desentendido com a vítima em uma distribuidora de bebidas de Goiânia.

A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado, no Presídio Militar. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia.

Por maioria de votos, o conselho de sentença acatou a tese do Ministério Público (MP), que requereu a condenação do acusado sob o argumento de que o crime foi praticado por motivo fútil. O conselho de sentença reconheceu também a existência de mais de uma qualificadora.

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O júri popular entendeu que o crime foi praticado em uma distribuidora de bebida, em frente a vários clientes do estabelecimento, demonstrando frieza, covardia e destemor do réu. Com isso, o juízo atribuiu a pena de 14 anos e 6 meses de prisão.

Para o magistrado, a conduta do acusado lhe prejudicou, posto que a vítima foi atacada repentinamente, sem ocorrer alguma discussão entre a vítima e o réu, de forma que André não poderia esperar o ataque e se defender dele, enquanto estava em seu carro, desprevenido e desarmado.

O magistrado ressaltou, ainda, que a morte repentina da vítima causou abalo emocional aos pais dele que o perderam no ápice da juventude. “O irmão dele, que esteve em plenário, teve dificuldade de falar, diante da emoção ao lembrar de André. Isso demonstra que realmente houve um impacto psicológico no seio familiar da vítima”, disse.

Crime

Conforme denúncia do MP, o acusado bebia com amigos no estabelecimento na noite do crime, por volta das 22 horas, quando a vítima e a esposa chegaram de carro e ligaram o som. O casal teria ido embora após meia hora de consumo, mas voltou à loja em seguida, pois haviam esquecido de pagar a conta.

No momento de retorno, o inquérito narra que Jeová Pereira abordou o motorista e perguntou, de forma rude, se o som não seria, novamente, ligado. Em resposta, a vítima teria respondido “na hora, meu camarada”, momento em que o policial, se sentido provocado, sacou uma pistola e disparou um tiro, que acertou o pescoço de André, que morreu no local. Segundo o MP, não houve discussão entre réu e vítima, que foi surpreendida e não teve chance de defesa.

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