Estudante agredido por PM em Goiânia tem melhora e não corre risco de morte

Mateus Ferreira, 33 anos, foi agredido violentamente por uma policial militar durante manifestação e está internado no Hugo.

Postado em: 02-05-2017 às 14h00
Por: Toni Nascimento
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Mateus Ferreira, 33 anos, foi agredido violentamente por uma policial militar durante manifestação e está internado no Hugo.

Atualizado: 16:30

O estudante Mateus Ferreira da Silva, que foi atingido
violentamente por um policial na última sexta-feira (28) com um cassetete,
apresentou melhora no quadro clínico e não corre o risco de morrer. Apesar de
ainda sedado, os médicos iniciaram o processo de retirada da ventilação
mecânica, o que fará com que ele deixe de respirar com a ajuda de aparelhos. O
quadro do paciente ainda é grave, porém estável.

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As informações foram repassadas no início da tarde de hoje
(2) pelo Hospital de Urgências de Goiânia. De acordo com a instituição, os
resultados dos exames de sangues feitos nesta segunda-feira (2) estão normais,
assim como a pressão. Até o momento, não está programada sessão de hemodiálise.

Também hoje, a sedação foi suspensa para avaliação
neurológica. O estudante continua internado em uma Unidade de Terapia Intensiva
do hospital, mas nenhum novo procedimento cirúrgico foi indicado.

Graduando em Ciências Sociais na Universidade Federal de
Goiás, Mateus participava da greve geral contra as reformas trabalhista e
previdenciária quando levou um golpe na testa do capitão da Polícia Militar,
Augusto Sampaio de Oliveira Neto, que chegou a quebrar o cassetete. Ele teve
traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas no rosto, e passou por
cirurgia de reconstrução da face que durou quatro horas.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por
órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido
pelo capitão Sampaio, que foi afastado das ruas pelo governo estadual mas
continua exercendo funções administrativas. O policial é subcomandante da 37ª
Companhia Independente, na capital goiana.

Parentes e amigos do estudante fazem mobilização nas redes
sociais para conseguir ajuda financeira e custear despesas com hospital,
remédios e com o deslocamento de parentes – que moram no Rio de Janeiro e em
São Paulo.

(Agência Brasil) 

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