Polícia Civil prende suspeito de se passar por juiz para cometer estelionato em Rio Verde

Homem é suspeito de se passar por juiz para enganar as vítimas; pena pode chegar a 5 anos de reclusão.

Postado em: 23-07-2021 às 15h51
Por: Luan Monteiro
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Homem teria cometido o mesmo golpe em diversas cidades e Estados; pena pode chegar a 5 anos de reclusão | Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC) cumpriu na última quarta-feira (21/07) um mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem, 37 anos, investigado pela prática de diversos crimes de estelionatos pelo país.

As investigações tiveram início quando servidores da Prefeitura do Município de Santa Rita do Novo Destino procurarem a Delegacia de Goianésia afirmando terem sido vítimas de um golpe. Durantes as investigações, a polícia descobriu que o suspeito aplicou o mesmo golpe em várias Prefeituras de diversos Estados.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito contatava os funcionários da Assistência Social e Conselho Tutelar dos Municípios, se passava por “Dr. Marco Aurélio”, Juiz de Direito, e dizia que necessitaria de um motorista para lhe ajudar no seu ‘trabalho social”, sendo que este teria que ser de confiança.

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Depois disso, o homem afirmava que pagaria R$ 350 pela diária, durante aproximadamente três dias, além da ajuda de custo que seria realizada para cobrir os gastos com combustíveis, totalizando assim cerca de R$ 1.300 a R$ 1.500.

Logo, feita a negociação, o investigado pedia os dados bancários das vítimas e relatava que outro magistrado, de nome de “Dr. Oscar”, realizaria transferência para a conta informada. Porém, em nova ligação, o estelionatário mencionava que “Dr. Oscar” se equivocou na transferência (falsa), e que repassou um valor maior do que o combinado, encaminhando assim o comprovante de transferência (TED) contendo os dados corretos da vítima e o falso valor transferido.

Após isso, o homem solicitava que a vítima fosse até um banco e realizasse a devolução do valor, a qual acabava efetuando o depósito acreditando que tal valor realmente estaria em sua conta. Quando a vítima se deslocava à agência bancária e verificava que não havia sido transferido nenhum valor para sua conta, o homem a persuadia novamente, enfatizando que o repasse de um banco a outro demorava ser feito, mas que posteriormente o valor constaria em sua conta.

Com isso, a PC fez um pedido de prisão preventiva do investigado, que foi aceito pelo Poder Judiciário. O homem estava foragido, mas foi preso recentemente por furto em Rio Verde, sendo possível o cumprimento do mandado de prisão. O investigado, que possui diversas passagens criminais por furtos, roubos e receptação, responderá pelo crime de estelionato, a pena pode chegar a 5 anos de prisão.

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