Advogado que foi agredido por policiais entrou em programa de proteção, diz PC

Vítima diz ter sido ameaçada de morte por agressor; ele foi agredido ao interceder por flanelinha em Goiânia.

Postado em: 27-07-2021 às 13h07
Por: Redação
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Vítima diz ter sido ameaçada de morte por agressor; ele foi agredido ao interceder por flanelinha em Goiânia | Foto: Reprodução

Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o advogado Orcélio Ferreira Silvério Junior, que foi agredido por policiais militares na última quarta-feira (21/07), ao tentar ajudar um flanelinha em Goiânia, entrou no programa de proteção a testemunhas. Em depoimento, Orcélio disse ter sido ameaçado de morte pelo agressor.

Em nota a imprensa, enviada na última segunda-feira (26), a Polícia Civil informou que ofereceu ao advogado a possibilidade de ingresso no programa de proteção a testemunha. Agora, Orcélio está submetido as normas do programa.

Ao depor a PC, a vítima afirmou que havia sido ameaçada de morte pelo policial que o agrediu. Com isso, o membro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-GO, Alexandre Pimental, que acompanhou o depoimento, pediu a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), que se garantisse a segurança do advogado e sua família.

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Relembre o caso

Na última quarta-feira (21), o advogado Orcélio Júnior foi agredido por policiais militares do GIRO durante abordagem em Goiânia. Segundo informações, a agressão ocorreu quando o advogado teria tentado defender um flanelinha de ameaças e violências feitas pelos militares.

Um vídeo divulgado nas redes sociais, mostra um policial deferindo socos contra um homem, que seria Orcélio, imobilizado. Em outro vídeo, o advogado aparece deitado no chão, algemado, enquanto recebe tapas de um agente.

Após o ocorrido, a vítima divulgou um vídeo onde relata as agressões. Segundo Orcélio, ele também foi agredido no pátio da delegacia enquanto aguardava a triagem e que o ato foi testemunhado por um policial civil.

“Fui agredido aqui dentro, no pátio da delegacia, já entregue. Fui agredido na triagem, também. Pedi socorro, um policial civil que não quis se identificar foi negligente no momento que pedi socorro, pois eu estava sendo torturado”, diz.

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