Deflagrada 2º fase de Operação

Foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã de ontem (4), a Operação Porta Fechada, que tem como finalidade a investigação de fraudes

Postado em: 05-05-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Deflagrada 2º fase de Operação

Foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã de ontem (4), a Operação Porta Fechada, que tem como finalidade a investigação de fraudes no concurso para delegado de Polícia. Foram cumpridos 26 mandados judiciais, sendo 13 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva em Goiânia, Distrito Federal e cidades do interior.

De acordo com a PC, as diligências estão a cargo da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap). Entre os investigados que foram ouvidos pela Polícia estão 11 candidatos, um suposto aliciador e uma mulher que ainda não teve envolvimento definido na quadrilha 

Conforme as investigações, a organização criminosa cobrava entre R$ 120 mil e R$ 365 mil por vaga de delegado substituto da corporação. Segundo a polícia, os envolvidos são de famílias ligadas ao Poder Judiciário e influentes em Goiânia. Eles também são suspeitos de praticarem irregularidades em concursos de outros estados.

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Ainda de acordo com as investigações, entre os candidatos estão um açougueiro que não possui sequer formação em direito, o filho do susposto aliciador e o candidato aprovado em primeiro lugar. A polícia apreendeu diversos celulares e documentos, e após ouvir os investigados, eles foram liberados. O concurso está suspenso por decisão da Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan), que é reponsável pela seleção e por liminar do tribunal de Justiça.

Primeira fase

Na primeira fase da operação, no dia 12 de março deste ano, cinco pessoas foram presas, logo após a aplicação da segunda fase da prova do concurso, porém nenhumas das pessoas conduzidas coercitivamente nesta etapa foram presas em março, quando foi realizada a primeira parte da operação.

O médico Antônio Carlos da Silva Francisco, apontado como aliciador do esquema, o bacharel em direito Armando Colodeto Júnior, o contador Fábio Alves de Oliveira, o ex-vereador de Palmeiras de Goiás, Magno Marra Mendes e Suzane Fonseca dos Santos que teriam adiquirido as vagas. Os suspeitos foram liberados após audiência, dois dias após a detenção.

O edital do concurso foi divulgado em novembro de 2016, o processo seletivo é composto por oito etapas com avaliação médica, provas objetivos, provas discursivas, avaliação de aptidão física, exame psicotécnico, avaliação da vida pregressa e investigação social, curso de formação profissional e avaliação de títulos. O processo conta com 36 vagas com salário de R$ 15.250,02.

Para o concurso, os concorrentes necessitam ter diploma de curso superior de bacharel em direito. A jornana é de 40 horas semanais e exige disponibilidade para realizar viagens. O prazo de validade do concurso é de seis meses a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período.

 

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