Central de Esterilização do HMI está interditada

Auditoria constatou diversas irregularidades, nas quais colocavam funcionários e população em situação de risco

Postado em: 26-05-2017 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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Auditoria constatou diversas irregularidades, nas quais colocavam funcionários e população em situação de risco

Wilton Morais 

A Central de Materiais e Esterilização (CME) do Hospital Materno Infantil (HMI) foi interditada, ontem (25), pela Auditoria Fiscal do Trabalho em Goiás. A auditoria constatou no local, diversas irregularidades, nas quais colocavam funcionários e a população em situação de risco. 

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Ainda na manhã de ontem, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) foi notificada para participar de reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás. À ocasião, a pasta recebeu a informação da interdição da CME do Hospital. 

A SES reinterou que as medidas para atender as orientações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referente à Central de Esterilização já estão sendo tomadas, por meio de terceirização. O processo acontecerá até que uma nova CME seja estruturada e a situação seja resolvida por completo. 

Irregularidades

As irregularidades encontradas na CME foram descobertas pela auditoria, em um processo que se iniciou em março deste ano. De acordo com a auditoria, foram coletadas provas do abuso cometido no HMI. A auditoria fiscal do trabalho classificou a situação dos trabalhadores como de altíssima insalubridade.

Entre as irregularidades havia equipamentos de iluminação inadequados, fala de materiais para proteção individual ou coletiva, falta de sistema de combate a incêndios, e carga excessiva de trabalho que chegava a 12 horas. Além disso, faltava pias ou banheiros para os funcionários e vestiários. A auditoria ressaltou que o HMI não cumpre “nada” do que é estabelecido nas normas regulamentadoras.

A auditória foi realizada no Hospital, a partir de denuncias do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde) e do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Goiás (Sindambulância). Ao todo, a auditoria durou 60 dias e gerou um relatório de 600 páginas. 

Conforme a auditoria, o mobiliário da Central de Esterilização também apresentou irregularidades.   Moveis de madeiras estão quebrados e os de metal enferrujados. Outro alarde é o fato de funcionários estarem trabalhando com roupas rasgadas, o que é arriscado se tratando da área de saúde. E um “absurdo”, como informou a auditoria. 

Recursos 

A SES-GO informou que tem disponível R$ 4,5 milhões para investir no HMI. Proveniente do programa de reestruturação de hospitais do Ministério da Saúde, R$ 1,5 milhão do valor será destinado à reforma na Central de Materiais e Esterilização, centro cirúrgico, enfermaria, lavanderia e UTI materna do HMI.

Já o restante, provenientes do plano de investimento da Celg, será aplicado conforme apresentação de projetos. O que deve ser feito em acordo com a legislação vigente. 

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