João de Deus é preso preventivamente, em Anápolis

Motivo da prisão ainda não foi divulgado; religioso é acusado de abuso sexual contra várias mulheres.

Postado em: 26-08-2021 às 14h11
Por: Luan Monteiro
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Motivo da prisão ainda não foi divulgado; religioso é acusado de abuso sexual contra várias mulheres | Foto: Reprodução

João de Deus, acusado de abusos sexuais contra várias mulheres, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (26/08), em Anápolis. O religioso estava cumprindo pena em regime domiciliar, mas, a pedido do Ministério Público, voltou a ser preso.

O religioso ficou preso na penitenciaria de Aparecida de Goiânia entre 2018 e 2020, porém, em razão da pandemia da Covid-19, foi autorizado a ficar em prisão domiciliar. Neste processo, João de Deus foi denunciado por estupro de vulnerável envolvendo oito mulheres.

A prisão preventiva foi decretada pelo juíz Marcos Boechat Lopes Filho, da Comarca de Abadiânia. O processo corre em segredo de justiça. Devido o preso ser uma figura pública, o cumprimento do mandado de prisão foi feito por equipes de inteligência, ou seja, descaracterizadas, para evitar exposições midiáticas.

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A denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Abadiânia, relaciona outras 44 vítimas, mas, em razão de os crimes estarem prescritos ou ter decaído o direito de representação da ofendida, elas figuraram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do denunciado. Os crimes aconteceram na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles, que coordenou a força-tarefa montada pelo MPGO no fim de 2018 para apurar os crimes praticados por João de Deus, que vieram à tona após reportagem exibida no programa de televisão Conversa com Bial, da Rede Globo.

Segundo apontaram os promotores de Justiça, os crimes da 15ª denúncia aconteceram entre 1986 e 2017, sendo as vítimas dos Estados de Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo. O promotor de Justiça Luciano Miranda esclarece que, entre as provas apresentadas, estão relatos.

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