Advogada é acusada de suborno na investigação

O titular da DIH destacou, que o departamento jurídico da Polícia Civil vai analisar se entra na Justiça contra a advogada por denunciação caluniosa

Postado em: 02-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O titular da DIH destacou, que o departamento jurídico da Polícia Civil vai analisar se entra na Justiça contra a advogada por denunciação caluniosa

Rhudy Crysthian

A Polícia Civil divulgou um áudio que mostra o momento em que a advogada Lorena Paixão, que defende os adolescentes investigados pela morte do Elpídio Quirino dos Santos Filho, de 41 anos, conhecido como DJ Quirino, é acusada de subordo no decorrer da apuração do caso. Os menores, que são a filha da vítima e o namorado dela, foram apreendidos após confessarem o crime.

A conversa foi registrada pelo pai de Franklin Vieira, de 25 anos, também preso suspeito de elo com o crime. O diálogo ocorreu no dia 26 de maio, um dia após a detenção do jovem. Ela estava acompanhada da mãe do menor. A advogada confirma que a voz na gravação é dela, mas nega as acusações. 

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O delegado Douglas Pedrosa, titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), disse que o pai de Franklin prestou depoimento e confirmou que a advogada tentou o suborno. Pedrosa afirmou também que o áudio será anexado ao inquérito como prova complementar e pode ou não ser favorável ao jovem, que nega elo com o assassinato. Questionado se a escuta pode ser considerada ilegal, o delegado argumentou que não porque “pode servir como meio para alterar o curso da investigação em favor de uma das partes”.

Lorena havia alegado que a confissão dos garotões foi sob tortura da polícia. No entanto, o delegado Marco Aurélio Euzébio, responsável pelo caso, afirmou que todos os procedimentos ocorreram dentro da legalidade.

O titular da DIH destacou, ainda, que o departamento jurídico da Polícia Civil vai analisar se entra na Justiça contra a advogada por denunciação caluniosa, já que ela alega que os adolescentes foram torturados. A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) ainda não se pronunciou em relação às denúncias contra a defensora.

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