Os goianos e a cultura de jogar lixo no chão

Falta de educação em jogar o lixo no lugar correto é característica da sujeira nos parques do município

Postado em: 05-06-2017 às 06h40
Por: Sheyla Sousa
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Falta de educação em jogar o lixo no lugar correto é característica da sujeira nos parques do município

Wilton Morais

Caminhar pelo parque, jogar a garrafinha no lixo ou fazer um piquenique, que também produz lixo é uma realidade presente na vida dos goianienses. Mesmo assim, a população tem encontrado dificuldade e problemas na hora de descartar o lixo produzido. Em outros momentos, a falta de educação é outro problema, mesmo havendo a lixeira. 

“Tem poucas lixeiras aqui. Diariamente encontramos lixo na grama. A praça é bonita, mas não zelam. A população não ajuda, falta educação”, considera o vendedor Manuel Vitor, em relação ao Parque Vaca Brava no Setor Bueno. Além disso, a falta de manutenção dessas lixeiras é outro problema apontado por Manuel. “As telinhas estão quebradas e algumas até enferrujadas”, contou. 

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“São insuficientes. Temos que andar bastante para jogar o lixo no local ideal”, disse o entregador de panfletos Lucas Pereira Dias. Em comparação com outros parques, Lucas conta que no Lago das Rosas, no Setor Oeste, a falta de lixeira é menor. “Lá estão até em bom estado de conservação”.

Por outro lado, a doméstica Mara Rúbia considera suficiente à quantidade de lixeiras disponíveis, no Parque Vaca Brava, mas chama a atenção para a falta de educação. “O que falta é educação por parte das pessoas”. Ao comentar sobre outros lugares, Rúbia disse que no parque Lago das Rosas, a limpeza acontece por parte da Prefeitura e da população.

No Parque Campininha das Flores, no Setor Campinas, a situação se repete, semelhante ao Parque Vaca Brava. Como observou a reportagem do O Hoje, as lixeiras as vezes são abandonadas pela população e o lixo fica fora do local. Mas o material também apresenta problemas de ferrugem e cuidado diário. 

Falta material 

Falta de educação ou de materiais, o lixo deve ser descartado no lixo. O Coronel Avelar Viveiros, responsável pela unidade de Conservação da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) explica que a falta de materiais, desde a última gestão da Prefeitura, tem causado dificuldades. 

Mesmo com a falta de sacos plásticos, vassouras e rastelos, a agência responsável pela manutenção dos parques tem realizado a manutenção.  “Já fizemos um novo processo de licitação para realizar a compra de materiais para essa limpeza básica. Mas o serviço de recolhimento está sendo feito normalmente”, assegurou.

Sobre a manutenção das lixeiras, que são realizados em parceria com a Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), o processo é um pouco mais demorado. “Se trata de um material mais caro, por isso a manutenção demora um pouco mais”.  

Instalação das lixeiras leva em conta o impacto ambiental 

A auxiliar administrativa Laura Saggin observa a distância como empecilho para descartar o lixo durante a caminhada. “A distância é muito longa em algumas partes do Parque. Outro nem tanto”, conta.

O coronel Viveiros explica que para estes casos é levado em conta o impacto ambiental da instalação do ponto de coleta. “A lixeira deve ser instalada onde se tem um menor impacto ambiental. É uma questão cultural, jogar lixo no parque, basta levar até onde tem a lixeira. Em outros Países, a população joga o lixo em casa”, afirma Avelar.

Atualmente Goiânia tem 33 parques, administrados pela AMMA. Cada um destes conta com três funcionários, que recolhem plásticos, sacolas e outros lixos diariamente. Para reclamações e solicitação de manutenção, a população deve procurar um desses funcionários nos parques.

Em torno dos parques, a administração das lixeiras fica a cargo da Comurg. A repostagem entrou em contato com a companhia, porém a mesma informou que não havia como realizar um levantamento a tempo do fechamento desta edição. O presidente da Comurg, Denes Pereira também não atendeu nossos telefonemas até o fechamento da edição.

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