Goiás tem a maior taxa de desemprego em três anos

Em 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2% no Estado, conforme o IBGE. Apesar disso, em relação ao índice Nacional, Goiás está com média abaixo do enfrentado pelo País

Postado em: 06-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em 2016, a taxa de desemprego foi de 11,2% no Estado, conforme o IBGE. Apesar disso, em relação ao índice Nacional, Goiás está com média abaixo do enfrentado pelo País

WILTON MORAIS

O índice de desemprego aumentou em Goiás nos últimos três anos, em 2016, foi quando houve a maior elevação. Considerando os últimos cinco anos, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que mesmo com o aumento no número de pessoas sem emprego, Goiás está abaixo da média nacional.

No ano passado, o Estado terminou o período com 396 mil pessoas desempregadas. O número representa 11,2% da força de trabalho do estado, se considerar as pessoas que estão trabalhando, e somado os que estão em busca de uma oportunidade no mercado. De acordo com a pesquisa, o número tem aumentado desde que o índice passou a ser observado em 2014. A pesquisa visitou cerca de 2,5 mil casas por mês.

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Conforme a pesquisa, os índices de desemprego são: 7,7% em 2015; 5% em 2014; 4% em 2013 e 5,1 em 2012. Se comparado à taxa nacional, o desemprego esteve em 12% no ano passado; 9% em 2015; 6,5% em 2014; 6,2% em 2013 e 6,5% em 2012. Em todos os anos, o índice no Estado esteve menor em relação à média nacional.

Economia afetada

O Chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em Goiás, Edson Roberto Vieira argumenta que parte do resultado é por conta da crise econômica que atingiu o país. Dessa forma, a recessão em relação às medidas econômicas tomadas pelo governo e sem o resultado esperado atingido, causou deterioração política e econômica. Além do clima de insegurança no mercado. 

O aumento do desemprego também está ligado ao fechamento de vagas de trabalho e aumento de pessoas em busca de um emprego. Considerando que jovens que não precisavam trabalhar, estão tendo que entrar no mercado, em vista que a renda familiar era melhor antes da crise econômica. 

Apesar de a crise ter se iniciado no início de 2014, a reflexo do desemprego foi sentido apenas no fim daquele ano.  O que permitiu redução da média salarial de alguns setores, diminuição do consumo e endividamento familiar. Consequentemente o brasileiro se restringiu à concessão de crédito. 

Na prática em algumas categorias, como na construção civil, onde se registrou o maior numero de demissões; 8,1% em 2016. A população encontra dificuldades de encontrar uma vaga. Dessa maneira, os requisitos também aumentam. Além do diploma e até mesmo uma pós-graduação, as empresas estão optando por funcionários com experiência.

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