Obra do novo HC é paralisada

As obras da nova unidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Universitário, foram paralisadas. A empresa

Postado em: 06-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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As obras da nova unidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Universitário, foram paralisadas. A empresa que ganhou a licitação para realizar a quarta e última etapa da obra suspendeu o serviço por falta de pagamento e demitiu mais de 200 funcionários. Desde que iniciou o trabalho, no dia 29 de novembro de 2016, a empresa nunca foi remunerada e soma cerca de R$ 3,5 milhões em prejuízo.

O novo HC está sendo construído na mesma quadra da atual sede e será o maior hospital de uma universidade federal brasileira, com 20 andares e 600 leitos, dobrando a capacidade atual. Trata-se da maior obra já realizada na UFG, em uma área de mais de 44 mil m². A conclusão estava estimada para novembro de 2018, mas com essa paralisação não há mais previsão.

A expectativa pela inauguração do novo hospital é grande, em vista da grande oferta de leitos e devido à dificuldade de atendimento encontrada pela população não só de Goiânia, mas de todo o Estado. Segundo declaração do reitor da UFG, Orlando Amaral, ao site da universidade, “a obra tem uma enorme importância para a pesquisa, o ensino e a extensão, sobretudo para a população que necessita de serviços hospitalares e que será atendida integralmente pelo SUS”.

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O novo HC terá um andar destinado somente à maternidade, com capacidade de atendimento a gestantes de alto risco, equipado com UTI neonatal e centro obstétrico. Outro andar será exclusivo para a internação de pacientes transplantados, e outros dez pavimentos vão abrigar centros cirúrgicos, UTI e estruturas de apoio ao funcionamento da unidade.


Recursos

A obra do novo hospital, desde que foi iniciada, há cerca de 20 anos, foi paralisada diversas vezes. Os recursos investidos na construção do prédio e na aquisição de parte dos equipamentos chegam a R$ 150 milhões, segundo o site da UFG. Parte desse montante, R$ 100 milhões, é proveniente da alocação de emendas de bancada, do conjunto de deputados e senadores goianos no Congresso Nacional. No entanto, mesmo com o valor aprovado e empenhado, não está sendo repassado para a obra, o que vai prejudicar milhares de usuários que não poderão contar com assistência de saúde pública, gratuita e de qualidade.

 

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