Obras do TRT causam transtornos

Para moradores da região, a poeira é o principal problema da obra

Postado em: 06-06-2017 às 08h30
Por: Sheyla Sousa
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Para moradores da região, a poeira é o principal problema da obra

Wilton Morais

Incendiado em outubro de 2015, a demolição dos blocos 1 e 2 do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO), foi concluída antes do prazo estimado pela empresa Concretiza. Apesar disso, a população ainda tem passado por transtornos, caucionada pelo trabalho de demolição e remoção do entulho.

Na Rua T-58, o estudante e motorista Rafael Matos contou sobre o risco de passar pela rua, que, devido à demolição e os trabalhos, ficou destruída. “Passei por duas vezes, estava ruim. Hoje está pior, tem muita terra. Se passar aqui desatento e rápido, frear pode ser perigoso”, afirma o estudante. 

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O militar e morador do Setor Bueno, Michel Rodrigues contou à reportagem que até pensou em acionar os advogados do prédio onde reside. Mas achou melhor, não, se tratando do Tribunal. “É péssimo, tenho filhos pequenos. Muito barulho, trânsito vive interrompido. O pessoal começa às 7 horas, e vão até às 17 horas. Também há muito pó”, relatou.

Segundo informou Michel, uma das maiores dificuldades é o trânsito. “Ficamos parado por mais de 20 minutos, em horário de almoço aqui. Uma parte da via sempre está bloqueada”, disse em referência a Rua T-29, localizada aos fundos do Tribunal.

Tiago Fernandes trabalha com a limpeza de uma academia, em frente ao TRT, e questiona a poeira proporcionada pela remoção do entulho. “Acabo de limpar, já tenho que limpar de novo. Está tudo sujo de novo. Todos os dias jogam água, para evitar a poeira. Mas não é suficiente”, relatou.

Manutenção 

Em resposta aos questionamentos da população, o TRT informou que enviou um ofício a Concretiza, para que a via asfáltica passe pela manutenção o quanto antes. Sobre uma previsão para a manutenção, o TRT sugeriu o engenheiro civil responsável pela obra, Antonio Fausto, que disse apenas, “tem que falar com o dono da empresa em Brasília”. A reportagem não conseguiu contato com a construtora.

No fim do mês passado, o presidente do TRT-GO, desembargador Breno Medeiros vistoriou o andamento das obras do Complexo Trabalhista de Goiânia. Dos prédios demolidos, restaram apenas os quatro pavimentos de subsolo e o térreo do bloco 2. 

A empresa Concretiza, está concluindo a remoção do entulho gerado pela demolição. Após a remoção, a empresa irá preparar para iniciar o reforço estrutural de pilares, vigas e lajes de concreto que, mesmo atingidos pelas chamas, puderam ser aproveitados conforme laudo pericial. O processo de reforço dos pilares deve durar em torno de três meses. 

Conforme o Tribunal, o processo de conclusão final do Complexo Trabalhista de Goiânia deve acontecer em novembro de 2019. A reconstrução do prédio seguirá o modelo da estrutura incendiada. O trabalho de construção deve perdurar por até 16 meses. Concluída dois meses antes do prazo, os entulhos da demolição foram encheram 230 caminhões, cada um com 15 metros cúbicos de detritos.

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